Brasil247 - Enquanto o país aguarda explicações da família Bolsonaro e de membros do futuro governo sobre a movimentação financeira suspeita de R$ 1,2 milhão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, revelada pelo relatório do Coaf, salta aos olhos a generosidade dos funcionários que faziam repasses frequentes à conta de Queiroz.
Além da filha do ex-assessor, Nathalia Melo de Queiroz, que até dezembro de 2016 trabalhava no gabinete de Flávio Bolsonaro, ganhava R$ 9.835,63 e chegou a fazer depósitos que totalizaram R$ 84.110,04, e da mulher de Queiroz, Marcia Oliveira de Aguiar, que recebia salário bruto de R$ 9.835,63 exercendo cargo de consultora parlamentar do gabinete de Flávio e repassou em dinheiro R$ 18.864,00 ao marido, segundo o Coaf, e mais R$ 18,3 mil em transferências, outros três funcionários que aparecerem na última folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Rio, em setembro deste ano, chamam ainda mais a atenção.
Um deles, como mostra reportagem do Globo, foi Raimunda Veras Magalhães, que aparece na folha da Alerj com salário líquido de R$ 5.124,62 e repassou R$ 4,6 mil. Outro é Jorge Luis de Souza, com salário líquido de R$ 4.847,27 em setembro de 2016 que depositou R$ 3.140,00 na conta de Queiroz. O valor mais baixo foi de Agostinho Moraes da Silva, que recebia salário líquido de R$ 6.787,49 e depositou R$ 800.
Luiza Souza Paes, funcionária do gabinete de Flávio Bolsonaro em 2012 que também exerceu outras funções na Alerj, depositou R$ 3.542,00 e fez outras transferências eletrônicas num total de R$ 7.684,00. Marcia Cristina Nascimento dos Santos, também funcionária da Alerj, transferiu R$ 3,2 mil e recebia salário líquido de R$ 5.160.98 em fevereiro de 2016. Já Wellington Servulo da Silva, salário líquido de R$ 4.847,27 em fevereiro de 2016, transferiu total de R$ 1,5 mil.