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Mas, se antes havia convergência na tática e nas palavras de ordem, hoje eles discordam sobre a estratégia a ser seguida nas ruas: marchar junto com o PT e unificar a oposição em clima de Diretas-Já ou seguir em raia própria e manter distância do adversário de 2015?
Integrante do grupo de renovação política RenovaBR e filiada ao Patriota, Amanda, que votou em Bolsonaro no segundo turno de 2018, disse que "com certeza" não iria a uma manifestação convocada pelo PT e afirmou que o partido "boicotou" o ato dia 12. "Sou totalmente avessa ao PT e justamente por isso defendo uma frente ampla, para poder continuar discordando de petistas democraticamente. O PT precisa reconhecer os riscos que Bolsonaro oferece às nossas instituições e deixar as eleições para 2022."
A empresária questiona se o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem interesse, de fato, no impeachment de Bolsonaro ou se os atos com a sigla servirão de palanque para projetar a candidatura presidencial do petista. "Se fosse igual a essa última, sem bandeira e com representantes da direita, centro e esquerda, eu iria, mas, se for para ver o Lula fazendo campanha, eu definitivamente não vou", afirmou.
A posição de Amanda é corroborada pelo Vem Pra Rua, que na quinta-feira decidiu não aderir a atos anti-Bolsonaro convocados por nove partidos, entre eles o PT. "Não faz sentido participar. Nosso registro histórico é anti-PT", disse a porta-voz do grupo, Luciana Alberto.
Já Sarkovas, que não é filiado a partido e integra a "iniciativa cívica" Derrubando Muros, grupo que busca uma terceira via para a disputa presidencial de 2022, considera um "equívoco" não haver, neste momento, uma integração entre todas as forças. "Não importa quem convoca, todos têm que ir. O momento é de grandeza e desprendimento. Eu vou em todas."
Esses dois personagens representam uma divisão que foi medida na Paulista no dia 12 por uma pesquisa feita pelo Monitor Político, da USP. O levantamento ouviu 841 dos 6 mil participantes da manifestação (segundo a Polícia Militar). Uma ampla maioria, 85%, se disse favorável à formação de uma frente ampla contra Bolsonaro, e 12% se declararam contrários.
Paradoxo. Mas 38% dos manifestantes disseram que não iriam às ruas com o PT. "Esse é o paradoxo. Se entre os políticos existem dificuldades eleitorais para unir forças, na base existe muita mágoa e ressentimento. Os lavajatistas não perdoam o PT pela corrupção, e os petistas os chamam de golpistas", disse o professor de Gestão Pública da USP Pablo Ortellado, coordenador da pesquisa.
O levantamento também mediu a popularidade dos presidenciáveis na Avenida Paulista: Ciro Gomes (PDT) foi o mais citado, com 16%; Lula veio em seguida com 14%; Sérgio Moro, 11%; João Amoêdo (Novo), 8%; e João Doria (PSDB), 7%.
No carro de som do MBL, os políticos e líderes do ato também se dividiram em relação a uma eventual aliança com o PT. Enquanto Doria, Ciro e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) defenderam a unidade, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi contra, assim como os dirigentes do MBL. O grupo inclusive distribuiu camisetas com o mote "Nem Lula, Nem Bolsonaro", o mesmo que foi adotado pelo Vem Pra Rua antes de um acordo para não usá-lo no dia 12.
Um dado curioso é que, de todo o público ouvido, 37% disseram ser de esquerda ou centro-esquerda e 34% afirmaram ser de direita ou centro-direita. "Acho difícil acontecer essa tal junção entre esquerda e direita. Não vi ninguém da esquerda convidando a direita para a manifestação do próximo dia 2", disse o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP). Ex-bolsonarista, ele rompeu com o presidente e foi à Paulista.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Integrante do grupo de renovação política RenovaBR e filiada ao Patriota, Amanda, que votou em Bolsonaro no segundo turno de 2018, disse que "com certeza" não iria a uma manifestação convocada pelo PT e afirmou que o partido "boicotou" o ato dia 12. "Sou totalmente avessa ao PT e justamente por isso defendo uma frente ampla, para poder continuar discordando de petistas democraticamente. O PT precisa reconhecer os riscos que Bolsonaro oferece às nossas instituições e deixar as eleições para 2022."
A empresária questiona se o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem interesse, de fato, no impeachment de Bolsonaro ou se os atos com a sigla servirão de palanque para projetar a candidatura presidencial do petista. "Se fosse igual a essa última, sem bandeira e com representantes da direita, centro e esquerda, eu iria, mas, se for para ver o Lula fazendo campanha, eu definitivamente não vou", afirmou.
A posição de Amanda é corroborada pelo Vem Pra Rua, que na quinta-feira decidiu não aderir a atos anti-Bolsonaro convocados por nove partidos, entre eles o PT. "Não faz sentido participar. Nosso registro histórico é anti-PT", disse a porta-voz do grupo, Luciana Alberto.
Já Sarkovas, que não é filiado a partido e integra a "iniciativa cívica" Derrubando Muros, grupo que busca uma terceira via para a disputa presidencial de 2022, considera um "equívoco" não haver, neste momento, uma integração entre todas as forças. "Não importa quem convoca, todos têm que ir. O momento é de grandeza e desprendimento. Eu vou em todas."
Esses dois personagens representam uma divisão que foi medida na Paulista no dia 12 por uma pesquisa feita pelo Monitor Político, da USP. O levantamento ouviu 841 dos 6 mil participantes da manifestação (segundo a Polícia Militar). Uma ampla maioria, 85%, se disse favorável à formação de uma frente ampla contra Bolsonaro, e 12% se declararam contrários.
Paradoxo. Mas 38% dos manifestantes disseram que não iriam às ruas com o PT. "Esse é o paradoxo. Se entre os políticos existem dificuldades eleitorais para unir forças, na base existe muita mágoa e ressentimento. Os lavajatistas não perdoam o PT pela corrupção, e os petistas os chamam de golpistas", disse o professor de Gestão Pública da USP Pablo Ortellado, coordenador da pesquisa.
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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.