FAMÍLIA BOLSONARO

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, nesta quarta-feira (13/12), que uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) lhe foi oferecida por seu pai, Jair Bolsonaro (PL), enquanto ele ocupava a presidência da República. Segundo o parlamentar, ele rejeitou a oferta e sugeriu a indicação de André Mendonça, que hoje integra a Corte.

O relato foi feito durante a sabatina de Flávio Dino (PSB-MA) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. O ministro da Justiça foi o nome escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para integrar o STF na vaga de Rosa Weber, recém-aposentada.

Flávio Bolsonaro criticou o que considerou a nomeação de um político para o cargo no STF. Dino já foi governador do Maranhão, deputado federal e senador pelo estado, além de ter sido juiz federal por mais de dez anos e atualmente chefiar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na sequência, o senador contou que recebeu o convite do próprio pai para o cargo mais alto do Judiciário, mas recusou a oferta.

“Hoje nós estamos vendo um político sendo indicado ao Supremo Tribunal Federal, e o normal seria a política estar satisfeita com isso. Não é o que está acontecendo. Há uma resistência grande ao seu nome, senador Flávio Dino, exatamente por esse histórico, quando era para ser ao contrário. Para concluir, quero trazer a público que o então presidente Bolsonaro, quando da indicação do ministro André Mendonça, virou para mim e falou: ‘Flávio, o que você acha de ser o indicado para o Supremo Tribunal Federal?’ já que se discutia que a indicação fosse de um evangélico, como ele havia prometido na campanha eleitoral. Eu falei: ‘Presidente, apesar de eu ser advogado, o que eu sou é político, o que gosto de fazer é política. indique o nome de André Mendonça que é preparado para essa missão e eu vou ajudar mais no senado’”, disse o senador.

Segundo Flávio, com o apoio do presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), ele teria chances de ser aprovado pelo Senado e assumir o cargo de ministro do STF.

André Mendonça foi nomeado por Jair Bolsonaro para o Supremo em 2021. À época, ele cumpria o requisito de ser ‘terrivelmente evangélico’, pré-requisito anunciado pelo presidente para a vaga. Antes de migrar para o Judiciário, ele, assim como Dino, foi ministro da Justiça e Segurança Pública.

Dino passa por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado junto de Paulo Gonet, indicado por Lula para o cargo de Procurador Geral da República. Ao fim das perguntas, ambos terão seu encaminhamento votado em plenário pelos senadores. Basta uma maioria simples (41 votos) para a nomeação ser aprovada.

Fonte:em.com.br