Ativistas LGBT prometem fazer protestos diários em frente ao hotel em que vai ocorrer a premiação do brasileiro como 'pessoa do ano'
O Financial Times retirou o patrocínio do evento da Câmara de Comércio Brasi-Eua em homenagem ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com o jornal The Guardian, o jornal desistiu do envolvimento na premiação que vai agraciar Bolsonaro com o título de “pessoa do ano”, marcada para 14 de maio em Manhattan, Nova York, depois de uma campanha de ativistas dos direitos LGBT contra um “homofóbico autodeclarado”.
A retirada do apoio do Financial Times, que era um dos vários patrocinadores mais relevantes do evento, acompanha outras baixas. Na terça-feira, a companhia aérea Delta anunciou que não irá mais patrocinar o evento.
Segundo o The Guardian, um porta-voz do FT confirmou que deixaria de ser um parceiro de mídia para a cerimônia de homenagem a Bolsonaro. A mesma fonte disse que o veículo pretendia "manter uma parceria com a Câmara de Comércio Brasil-EUA" em outros eventos.
De acordo com a CNN, a consultoria Bain & Company também desistiu de apoiar o evento. "Encorajar e celebrar a diversidade é um valor central para a Bain", escreveu a consultoria em nota. Em abril, o Museu Americano de História Natural da cidade anunciou, após sofrer críticas de opositores de Bolsonaro, que não iria mais sediar o evento.
O boicote da comunidade LGBT deixou dezenas de patrocinadores do evento em situação complicada. A homenagem está marcada para 14 de maio no hotel Marriot Maquis, na Time Square. Os ativistas prometem fazer manifestações na porta do local diariamente para fazer outros patrocinadores desistirem de participar.