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Em busca de um partido para se candidatar à reeleição em 2022, o presidente Jair Bolsonaro está de flerte com o Patriota. “Está quase certo. É como um casamento, tem que ser programado, planejado, para não dar problema”, avaliou o chefe do Executivo. Mas o relacionamento enfrenta dificuldades, pois o Patriota ficou absolutamente rachado com a perspectiva da filiação de Bolsonaro. O Cartório do Primeiro Ofício de Notas do Distrito Federal do Núcleo Bandeirante emitiu uma nota devolutiva, exigindo que o presidente nacional do Patriota, Adilson Barroso, preste maiores esclarecimentos sobre o quórum qualificado da convenção ocorrida no dia 31 de maio, que aprovou a entrada do senador Flávio Bolsonaro. O ingresso do parlamentar no partido seria uma espécie de aquecimento para a filiação do presidente da República à legenda.
Dentre as nove exigências, o documento pede que Adilson Barroso apresente discrimine os nomes dos membros que compareceram de forma presencial, bem como aqueles que compareceram de forma remota e que, com direito ao voto, aprovaram a reforma estatutária. E que “esclareça a eventual não satisfação do quórum qualificado para instalação e deliberação acerca da 'adequação e alteração do estatuto nacional do Patriota'”, dando um prazo de 30 dias para a retificação dos itens dispostos.
Barroso convocou uma nova convenção para amanhã, tendo como pauta “proposta de filiação de interesse político-partidário nacional”, adequação e alteração do estatuto interno e criação de um Conselho Político, entre outros. O secretário-geral da sigla, Jorcelino Braga, afirma que, novamente, de forma ilegal, Adilson tenta consumar o que chamou de “golpe”. “Não tem quórum qualificado para deliberação. Entendemos que, de novo, vai praticar mais irregularidades na tentativa insana de entregar o partido. Isso não quer dizer que somos contra a vinda do presidente”, pontuou.
Ele apontou que a situação de indefinição causa insegurança para a sigla. “Uma judicialização do partido neste momento traz intranquilidade e insegurança para todos que disputam votos. Sempre cobramos transparência, e, até agora, nenhum de nós sabe o que foi conversado e prometido para Bolsonaro. Conversando somente com o Adilson, não vai dar certo. Só se ganharem em todas as instâncias da Justiça”, declarou.
Motivo das divergências internas do Patriota, Bolsonaro está ciente de que, por ser uma legenda de menor expressividade política, o partido possui poucos recursos de campanha, característica que pode mudar caso sua base migre junto com ele no ano que vem. O presidente já afirmou que ao menos 30 deputados atualmente filiados ao PSL pretendem segui-lo para a legenda escolhida.
Apesar de recente, a migração do clã Bolsonaro para a sigla provocou a expulsão de membros como o vereador paulistano e advogado do MBL (Movimento Brasil Livre) Rubinho Nunes, avesso ao filho do chefe do Executivo, assim como Gabriel Azevedo, vereador de Belo Horizonte, opositor ao governo. O racha interno está evidente.
De um lado, existe a ala chefiada por Adilson, que defende a ida de Bolsonaro para o partido com o objetivo de torná-lo “o maior do Brasil”. Do outro lado, está o vice-presidente, Ovasco Resende, que reclamou da falta de diálogo na sigla e atos individuais do presidente do partido sobre a maneira como o convite foi feito. No Tribunal Superior Eleitoral, ele acusou Adilson Barroso de cometer irregularidades na organização da convenção nacional em que foi anunciada a entrada do filho do presidente. O ministro Edson Fachin, do TSE, viu “elevada gravidade” nas acusações, mas remeteu o processo ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Adilson Barroso considera positiva a adesão de Jair Bolsonaro e do filho senador ao partido. Segundo ele, o presidente da República deu prazo até o fim da semana para responder se aceita o convite da legenda. “O Patriota trabalha para se fortalecer cada vez mais. Eles são muito bem-vindos e reforçam a possibilidade de mais aliados virem. Bolsonaro também está ciente de que pode ter grupos que não querem sua filiação, mas disfarçadamente dizem querer porque têm medo de perder voto da direita”, disse ao Correio.
Ele garante que Bolsonaro terá “todo o direito” de ser candidato à presidência pelo partido. “Aqui, vai ser o presidente Bolsonaro”. Sobre nove membros do partido terem ingressado na Justiça reclamando sobre a convenção, ele relatou que faz parte da “democracia do partido”. Ele relata que com a nova convenção, objetiva unanimidade, mas que as mudanças podem ser feitas por convenção ou por decisão da maioria dos membros da Nacional.
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Dentre as nove exigências, o documento pede que Adilson Barroso apresente discrimine os nomes dos membros que compareceram de forma presencial, bem como aqueles que compareceram de forma remota e que, com direito ao voto, aprovaram a reforma estatutária. E que “esclareça a eventual não satisfação do quórum qualificado para instalação e deliberação acerca da 'adequação e alteração do estatuto nacional do Patriota'”, dando um prazo de 30 dias para a retificação dos itens dispostos.
Barroso convocou uma nova convenção para amanhã, tendo como pauta “proposta de filiação de interesse político-partidário nacional”, adequação e alteração do estatuto interno e criação de um Conselho Político, entre outros. O secretário-geral da sigla, Jorcelino Braga, afirma que, novamente, de forma ilegal, Adilson tenta consumar o que chamou de “golpe”. “Não tem quórum qualificado para deliberação. Entendemos que, de novo, vai praticar mais irregularidades na tentativa insana de entregar o partido. Isso não quer dizer que somos contra a vinda do presidente”, pontuou.
Ele apontou que a situação de indefinição causa insegurança para a sigla. “Uma judicialização do partido neste momento traz intranquilidade e insegurança para todos que disputam votos. Sempre cobramos transparência, e, até agora, nenhum de nós sabe o que foi conversado e prometido para Bolsonaro. Conversando somente com o Adilson, não vai dar certo. Só se ganharem em todas as instâncias da Justiça”, declarou.
Motivo das divergências internas do Patriota, Bolsonaro está ciente de que, por ser uma legenda de menor expressividade política, o partido possui poucos recursos de campanha, característica que pode mudar caso sua base migre junto com ele no ano que vem. O presidente já afirmou que ao menos 30 deputados atualmente filiados ao PSL pretendem segui-lo para a legenda escolhida.
Apesar de recente, a migração do clã Bolsonaro para a sigla provocou a expulsão de membros como o vereador paulistano e advogado do MBL (Movimento Brasil Livre) Rubinho Nunes, avesso ao filho do chefe do Executivo, assim como Gabriel Azevedo, vereador de Belo Horizonte, opositor ao governo. O racha interno está evidente.
De um lado, existe a ala chefiada por Adilson, que defende a ida de Bolsonaro para o partido com o objetivo de torná-lo “o maior do Brasil”. Do outro lado, está o vice-presidente, Ovasco Resende, que reclamou da falta de diálogo na sigla e atos individuais do presidente do partido sobre a maneira como o convite foi feito. No Tribunal Superior Eleitoral, ele acusou Adilson Barroso de cometer irregularidades na organização da convenção nacional em que foi anunciada a entrada do filho do presidente. O ministro Edson Fachin, do TSE, viu “elevada gravidade” nas acusações, mas remeteu o processo ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Adilson Barroso considera positiva a adesão de Jair Bolsonaro e do filho senador ao partido. Segundo ele, o presidente da República deu prazo até o fim da semana para responder se aceita o convite da legenda. “O Patriota trabalha para se fortalecer cada vez mais. Eles são muito bem-vindos e reforçam a possibilidade de mais aliados virem. Bolsonaro também está ciente de que pode ter grupos que não querem sua filiação, mas disfarçadamente dizem querer porque têm medo de perder voto da direita”, disse ao Correio.
Ele garante que Bolsonaro terá “todo o direito” de ser candidato à presidência pelo partido. “Aqui, vai ser o presidente Bolsonaro”. Sobre nove membros do partido terem ingressado na Justiça reclamando sobre a convenção, ele relatou que faz parte da “democracia do partido”. Ele relata que com a nova convenção, objetiva unanimidade, mas que as mudanças podem ser feitas por convenção ou por decisão da maioria dos membros da Nacional.