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O parlamentar é investigado pelos crimes de divulgação de documento confidencial, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. As penas máximas para esses delitos, somadas, alcançam 31 anos e seis meses de prisão.
Marcos do Val se alinhou a Bolsonaro nas eleições de 2018, quando levantou pautas como a flexibilização do porte de armasentre a população civil. Em fevereiro deste ano, o parlamentar alegou ter sofrido coação do ex-presidente Bolsonaro para se aliar a ele em um golpe de Estado - mas deu versões diferentes sobre o caso.
Conforme mostrou o Estadão na época, Do Val mudou a sua versão sobre a suposta coação após receber ligações do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e passou a dizer que plano era de autoria do deputado cassado Daniel Silveira (PTB-RJ), numa tentativa de desvencilhar uma possível responsabilidade do ex-presidente.
Em razão das divergências, o ministro do STF Alexandre de Moraes mandou abrir inquérito para verificar se o senador mentiu no depoimento à PF sobre o tal do plano golpista. O ministro definiu a suposta tentativa de golpe como um episódio "ridículo" e classificou a ação como uma "operação Tabajara".
Os apoios a Do Val vieram do ex-vice-presidente Hamilton Mourão, hoje senador, e de parlamentares bolsonaristas. Para Mourão (Republicanos-RS), o caso se configura mais como "vingança do que dever de ofício".
A narrativa foi reproduzida pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG): "Multa de 22 milhões no PL, audiência do Bolsonaro pro dia 22 e busca e apreensão no dia do aniversário do Marcos do Val. Justiça ou vingança?", questionou.
O deputado André Fernandes (PL-CE) defendeu o direito de expressão de Do Val, que teve suas redes sociais derrubadas após decisão de Moraes. Marcos do Val também recebeu apoio do senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Entenda a operação
Nesta quinta-feira, 15, a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador. Agentes vasculharam seu gabinete no Senado e outros dois endereços no Espírito Santo, sua base eleitoral. As diligências e a derrubada das redes sociais do senador foram decretadas por Moraes. A Polícia Federal pediu a prisão de Marcos do Val, mas o ministro não acolheu a solicitação. Durante a ofensiva, o celular do senador foi apreendido.
A operação ocorreu na mesma semana em que o parlamentar divulgou trechos de relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com alertas sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele afirmou que as pessoas iriam ver prevaricação de "Alexandre de Moraes e do presidente Lula".
Também nesta semana, o senador compartilhou um comentário em suas redes sociais em que sugeria que Moraes fosse investigado no inquérito que está sob sua própria relatoria, sobre a ofensiva antidemocrática.
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Marcos do Val se alinhou a Bolsonaro nas eleições de 2018, quando levantou pautas como a flexibilização do porte de armasentre a população civil. Em fevereiro deste ano, o parlamentar alegou ter sofrido coação do ex-presidente Bolsonaro para se aliar a ele em um golpe de Estado - mas deu versões diferentes sobre o caso.
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O deputado André Fernandes (PL-CE) defendeu o direito de expressão de Do Val, que teve suas redes sociais derrubadas após decisão de Moraes. Marcos do Val também recebeu apoio do senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Entenda a operação
Nesta quinta-feira, 15, a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador. Agentes vasculharam seu gabinete no Senado e outros dois endereços no Espírito Santo, sua base eleitoral. As diligências e a derrubada das redes sociais do senador foram decretadas por Moraes. A Polícia Federal pediu a prisão de Marcos do Val, mas o ministro não acolheu a solicitação. Durante a ofensiva, o celular do senador foi apreendido.
A operação ocorreu na mesma semana em que o parlamentar divulgou trechos de relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com alertas sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele afirmou que as pessoas iriam ver prevaricação de "Alexandre de Moraes e do presidente Lula".
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