Ex-secretário de Estado de Governo da gestão de Romeu Zema, Igor Eto deixará o Partido Novo, ao qual é filiado desde 2016, para assumir a presidência do Avante em Minas Gerais. A posse está marcada para 1º de dezembro.

A mudança, conforme apurou O Fator, tem dois objetivos principais: Eto assumirá a organização das chapas de deputados federais e estaduais da sigla para 2026, além de aproximar o Avante do grupo político do vice-governador Mateus Simões (PSD), pré-candidato ao governo de Minas.

Até então, Simões conta com um eixo de alianças formado por Novo, Podemos, PP, União Brasil, DC e Solidariedade.

Para assumir o comando partidário, Igor Eto deixará o cargo de secretário de Assuntos Municipais do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), onde trabalha desde 2023. A saída já foi comunicada internamente.

Nos bastidores, a movimentação é interpretada como um reposicionamento do Avante no cenário mineiro e um reforço ao campo político de Simões, que deve assumir o governo em abril, quando Zema se desincompatibilizará para disputar a Presidência da República.

Reconfiguração interna

O posicionamento do Avante mais à direita tende, porém, a gerar tensões internas e acelerar a saída do deputado federal André Janones, que articula filiação ao PDT ou à Rede Sustentabilidade. A deputada Greyce Elias também negocia a saída do partido e deve se unir ao PL.

Composição partidária

O Avante possui hoje cinco deputados federais. Além de Tibé, Janones e Greyce, o partido conta com Bruno Farias e Delegada Ione Barbosa. A missão do novo presidente estadual é manter o número de cadeiras em Brasília. Ele, aliás, pretende disputar uma das vagas.

Já na Assembleia Legislativa, o Avante quer ampliar de três para cinco o número de eleitos em 2026. Os deputados estaduais da legenda atualmente são Carol Caram, Bim da Ambulância e Arlen Santiago.