Em seminário da ONU, o ex-presidente citou o filósofo Paulo Freire, declarado Patrono da Educação brasileira. Também criticou o ultraneoliberalismo pós-golpe. "A economia deve existir, afinal, em função das pessoas, não apenas dos números", disse Lula. "O dogma do estado mínimo é apenas isso, um dogma", afirmou. "O mito do deus mercado é apenas um mito"
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"Neste mês de setembro, iniciamos as comemorações do centenário de nascimento do educador Paulo Freire. Foi meu amigo, nasceu na mesma região que eu, no estado de Pernambuco, e foi companheiro na criação do Partido dos Trabalhadores", disse Lula.
"Das muitas lições que Paulo Freire nos deixou, duas são frequentemente destacadas. A primeira é a noção de que aquele que educa também está sendo educado. É um conceito que só poderia ser formulado por quem tinha a grandeza de respeitar a sabedoria dos humildes e reconhecer a existência do outro, acima das barreiras sociais e preconceitos. A segunda lição é a de que a Educação é libertadora no mais amplo sentido que pode ter a palavra liberdade", acrescentou.
Em um contexto de congelamento de investimentos públicos, o ex-presidente afirmou que, mesmo quem defendia "rigidamente a austeridade fiscal", entendeu que "o momento é de gastar porque a vida não tem preço e que a economia deve existir, afinal, em função das pessoas, não apenas dos números".
"E é o estado, em última análise, que pode proporcionar recursos e organizar a sociedade para atravessar este momento tão difícil. Esta é, a meu ver, uma grande lição que a pandemia está nos ensinando. O dogma do estado mínimo é apenas isso, um dogma, algo que não encontra explicação nem se justifica na vida real. O mito do deus mercado é apenas um mito, pois uma vez mais ele se revela incapaz de oferecer respostas para os problemas do mundo em que vivemos", continuou Lula.
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"Neste mês de setembro, iniciamos as comemorações do centenário de nascimento do educador Paulo Freire. Foi meu amigo, nasceu na mesma região que eu, no estado de Pernambuco, e foi companheiro na criação do Partido dos Trabalhadores", disse Lula.
"Das muitas lições que Paulo Freire nos deixou, duas são frequentemente destacadas. A primeira é a noção de que aquele que educa também está sendo educado. É um conceito que só poderia ser formulado por quem tinha a grandeza de respeitar a sabedoria dos humildes e reconhecer a existência do outro, acima das barreiras sociais e preconceitos. A segunda lição é a de que a Educação é libertadora no mais amplo sentido que pode ter a palavra liberdade", acrescentou.
Em um contexto de congelamento de investimentos públicos, o ex-presidente afirmou que, mesmo quem defendia "rigidamente a austeridade fiscal", entendeu que "o momento é de gastar porque a vida não tem preço e que a economia deve existir, afinal, em função das pessoas, não apenas dos números".
"E é o estado, em última análise, que pode proporcionar recursos e organizar a sociedade para atravessar este momento tão difícil. Esta é, a meu ver, uma grande lição que a pandemia está nos ensinando. O dogma do estado mínimo é apenas isso, um dogma, algo que não encontra explicação nem se justifica na vida real. O mito do deus mercado é apenas um mito, pois uma vez mais ele se revela incapaz de oferecer respostas para os problemas do mundo em que vivemos", continuou Lula.