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Presidente da República egresso da carreira militar, Jair Bolsonaro (PSL) deu, em seus primeiros meses de governo, impulso ao gasto para confecção de um apetrecho caro à caserna, as medalhas.
Os ministérios de Relações Exteriores, Defesa, Exército, Marinha, Aeronáutica e a Escola Superior de Guerra têm mais de 50 tipos diferentes de condecorações, da Medalha do Pacificador à Medalha Sangue do Brasil. O custo para confecção delas ficou em R$ 1,6 milhão nos primeiros meses de 2019, dados até abril ou junho, a depender do órgão.
Apesar de o governo ter patrocinado um contingenciamento que atingiu severamente diversas pastas, entre elas a da Educação, o desembolso para as medalhas supera, proporcionalmente, os feitos em 2017 e 2018, se assemelhando aos de 2016 (R$ 3,7 milhões) caso sigam no mesmo ritmo até o final deste ano.
Os valores foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. Em abril, o presidente concedeu ao guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, o mais alto grau da Ordem de Rio Branco, do Itamaraty, condecoração dada pelo governo do Brasil para "distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas, estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção." Com isso, ele admitiu Olavo no grau de grã-cruz da ordem.
Na mesma ocasião, foram agraciados com medalhas de grau inferior os filhos Flavio (senador) e Eduardo (deputado federal), além de ministros, governadores e congressistas aliados, entre eles o deputado federal Helio Negão (PSL-RJ), uma espécie de sombra do presidente da República.
Capitão do Exército reformado, Bolsonaro se destaca tanto em dar quanto em receber medalhas.
O presidente ao menos sete tipos de medalhas diferentes, quatro delas durante a gestão Lula. Só parte dos órgãos divulga publicamente a lista dos agraciados pelas condecorações.
As medalhas começaram a aparecer com mais intensidade na lapela de Bolsonaro no governo Lula, quando o capitão reformado estava em seu quarto mandato na Câmara. Em 2004, 2005 e 2006 ele recebeu a Medalha da Ordem do Mérito Aeronáutico, a Medalha da Vitória (Ministério da Defesa), a Ordem do Mérito Militar (Exército) e a Medalha Santos-Dumont (Aeronáutica).
Em geral, elas têm por objetivo recompensar quem prestou relevante serviços às Forças Armadas.
Outro lado
Em nota, a Defesa afirmou que "as medalhas representam uma antiga tradição militar, uma forma de homenagear àqueles que se destacaram", se caracterizando como forma importante de motivação e reconhecimento.
"Hoje, estão presentes nas Forças Armadas da maior parte dos países", diz o texto enviado pela pasta.
"No Brasil, as Forças possuem um conjunto de medalhas e condecorações, com as quais, além de homenagear seus integrantes que se destacaram ao longo de suas respectivas carreiras, buscam também homenagear personalidades e instituições que desempenharam serviços relevantes para as respectivas forças", afirma a nota.
O Itamaraty afirmou, também por escrito, que a Ordem de Rio Branco tem por objetivo "serviços meritórios e virtudes cívicas, estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção".
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Apesar de o governo ter patrocinado um contingenciamento que atingiu severamente diversas pastas, entre elas a da Educação, o desembolso para as medalhas supera, proporcionalmente, os feitos em 2017 e 2018, se assemelhando aos de 2016 (R$ 3,7 milhões) caso sigam no mesmo ritmo até o final deste ano.
Os valores foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. Em abril, o presidente concedeu ao guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, o mais alto grau da Ordem de Rio Branco, do Itamaraty, condecoração dada pelo governo do Brasil para "distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas, estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção." Com isso, ele admitiu Olavo no grau de grã-cruz da ordem.
Na mesma ocasião, foram agraciados com medalhas de grau inferior os filhos Flavio (senador) e Eduardo (deputado federal), além de ministros, governadores e congressistas aliados, entre eles o deputado federal Helio Negão (PSL-RJ), uma espécie de sombra do presidente da República.
Capitão do Exército reformado, Bolsonaro se destaca tanto em dar quanto em receber medalhas.
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As medalhas começaram a aparecer com mais intensidade na lapela de Bolsonaro no governo Lula, quando o capitão reformado estava em seu quarto mandato na Câmara. Em 2004, 2005 e 2006 ele recebeu a Medalha da Ordem do Mérito Aeronáutico, a Medalha da Vitória (Ministério da Defesa), a Ordem do Mérito Militar (Exército) e a Medalha Santos-Dumont (Aeronáutica).
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Em nota, a Defesa afirmou que "as medalhas representam uma antiga tradição militar, uma forma de homenagear àqueles que se destacaram", se caracterizando como forma importante de motivação e reconhecimento.
"Hoje, estão presentes nas Forças Armadas da maior parte dos países", diz o texto enviado pela pasta.
"No Brasil, as Forças possuem um conjunto de medalhas e condecorações, com as quais, além de homenagear seus integrantes que se destacaram ao longo de suas respectivas carreiras, buscam também homenagear personalidades e instituições que desempenharam serviços relevantes para as respectivas forças", afirma a nota.
O Itamaraty afirmou, também por escrito, que a Ordem de Rio Branco tem por objetivo "serviços meritórios e virtudes cívicas, estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção".