GOVERNO

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, criticou neste sábado (13) a instalação de uma CPI do MST na Câmara dos Deputados, defendeu a reforma agrária e afirmou que a relação do governo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra não mudou em meio ao abril vermelho, período de ampliação das invasões de propriedades em todo o país. As declarações foram dadas em visita à IV Feira da Reforma Agrária, em São Paulo.

"Não mudou nada. Na realidade, o governo do presidente Lula, todos nós, defendemos a reforma agrária. Ela é importante", afirmou Alckmin, dizendo que em São Paulo, quando ele era governador, já trabalhava muito em torno do tema.

Alckmin, que não discursou, afirmou que não foi ao palco por não ser "da ribalta", mas diz que sempre vai à feira, desde quando era governador. Além dele, também o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, participou do evento. O secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho foi outro que participou do evento e inclusive publicou do vice-presidente na feira.

Questionado sobre a CPI já criada e que será instalada nos próximos dias na Câmara para investigar o movimento, Alckmin criticou a iniciativa.

"Eu sou muito cauteloso com essa história de CPI, disse ele, complementando: "O trabalho do Legislativo é legiferante, não é policialesco. Eu sou muito cauteloso. Com todo tipo de CPI. Eu acho que vc já tem muitos órgãos de fiscalização. Tem TCU, tem Ministério Público, tem controladoria, tem corregedoria", disse o vice-presidente.