Com discurso patriótico, mas regado por alfinetadas a presidentes anteriores e ao presidente da França, Emmanuel Macron, o presidente Jair Bolsonaro convocou, neste sábado (7/9), os brasileiros a irem às ruas para celebrar o Dia da Independência. Como em outras oportunidades, quando criticou as gestões petistas, defendeu a liberdade e acusou de que ela foi, por “tantas e tantas vezes”, ameaçada por “brasileiros que não tem outro propósito a não ser o poder pelo poder”

A declaração foi dada à TV Brasil, que, pela primeira vez, foi autorizada a entrar no Palácio da Alvorada para acompanhar a saída do presidente à Esplanada dos Ministérios, onde ocorre o desfile de 7 de Setembro. “Bom dia aos mais de 210 milhões de brasileiros. Hoje, é uma data magna, uma data ímpar em nosso país. A data em que nós nos tornamos independentes. Agora, a independência de nada vale se não tivermos liberdade. Essa, por tantas e tantas vezes, ameaçada, por brasileiros que não tem outro propósito a não ser o poder pelo poder”, acusou.

Em seguida, Bolsonaro adotou um discurso de valorização do país, ao pedir que a “conscientização” dos brasileiros, em resposta velada a Macron, que, para ele, atentou contra a soberania do Brasil, ao sugerir a internacionalização da Amazônia. “A todos os brasileiros, nós pedimos, conscientize-se cada vez mais de quem é esse país, essa maravilha chamada Brasil. Um país ímpar no mundo, que tem tudo para dar certo e precisamos, sim, de cada um de vocês, para reconstruí-lo. E a liberdade está em primeiro lugar. (...) O Brasil é nosso, é verde e amarelo”, destacou.


No discurso, o presidente também convocou a participação da população às ruas. “Nesse momento, quem puder comparecer, no seu município, por ocasião do desfile do 7 de setembro, como estou indo aqui para a Esplanada, compareça”, pediu. Na sexta-feira (6/9), ao longo do dia, desde pela manhã, na saída do Palácio da Alvorada, a outras cerimônias ao longo do dia, ele chamou o povo para comemorar a data.