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O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também agradeceu ao primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, de ultradireita e que vem atuando contra a oposição e a imprensa em seu país. O filho 03 disse que o país é "referência".
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara elegeu na manhã desta sexta-feira (12) Aécio Neves (PSDB-MG) para a presidência para o ano de 2021, com 25 votos a favor e seis contrários.
Aécio vai substituir o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que esteve por dois mandatos a frente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional -não houve troca, por conta da pandemia.
Em um discurso que misturou a defesa das suas ações e as do governo, Eduardo Bolsonaro destacou as suas interlocuções e visita à região do Oriente Médio. Então destacou anúncio de 2019, durante visita do presidente à Arábia Saudita, de que o fundo público do país árabe investiria US$ 10 bilhões (R$ 55,7 bilhões) no Brasil.
"Exemplo objetivo deste trabalho é o acordo com o fundo de investimento público, o PIF [da sigla em inglês para Fundo de Investimento Público] saudita para explorar oportunidades no Brasil de investimentos mutuamente benéficos em até 10 bilhões de dólares. Obrigado, príncipe Mohammad bin Salman", disse o deputado.
Mohammad bin Salman é acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
Khashoggi, que era colunista do jornal The Washington Post e crítico ao regime da Arábia Saudita, foi assassinado no consulado saudita em Istambul, em outubro de 2018. Relatório divulgado neste ano pela inteligência do Estados Unidos responsabilizou o príncipe pela morte do jornalista.
Eduardo Bolsonaro também exaltou a sua proximidade com Israel, que ele afirma terem sido duramente abaladas durante o governo da presidente Dilma Rousseff, que recusou as credenciais do embaixador israelense designado para atuar no Brasil.
O deputado federal também agradeceu ao primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, duramente criticado na Europa por suas investidas contra a imprensa livre e contra a oposição em seu país.
"E também agradeço a deferência do chanceler da Hungria, Péter Szijjártó, e também o premiê Viktor Orbán que tão bem me receberam em minha visita pela Hungria, país que pra mim é referência em várias áreas".
O parlamentar afirmou, novamente misturando as ações da comissão com a do governo, que houve uma ruptura com uma diplomacia permeada por "atrasos". E disse que o Brasil é tratado como um "pária" internacional, mas que vem recebendo investimentos estrangeiros em nível elevado.
"Já naquela oportunidade experimentamos mudanças que hoje se vêem consolidadas. A nossa política externa rompeu com vícios e atrasos e hoje prioriza os verdadeiros interesses nacionais. Os resultados são tangíveis apesar da campanha sórdida levada a cabo especialmente no exterior, não contra esse governo, mas contra o país".
"Sim, a imagem do Brasil lá fora tem sido objeto de uma ofensiva perpetrada daqueles que se autoproclamam democráticos, mas que não aceitam a vontade expressada nas urnas em 2018 por quase 60 milhões de brasileiros", continuou Eduardo.
"Nessa esteira, nosso país inaugurou um novo ciclo da sua política externa, comprometido com o pragmatismo, o fim da barreiras ideológicas e a busca pela diplomacia de resultados concretos. Inegavelmente o Brasil precisou consertar a bússola que nos guiava em prol de um projeto modernizador e pragmático de inserção internacional como país autônomo e independente no concerto de nações e dos grandes atores internacionais", completou.
Aécio, por sua vez, sinalizou que vai atuar em uma direção contrária à de Eduardo Bolsonaro. Em seu discurso, exaltou a defesa do multilateralismo, dos direitos humanos e do meio ambiente, temas frequentemente sob ataque bolsonarista.
"A política externa brasileira deve ter como foco o multilateralismo, nosso relacionamento internacional há de ser amplo, universal, sem exclusões ou alinhamentos automáticos. O Brasil precisa, acredito eu, amplificar sua atuação em grandes temas globais e se inserir em debates mais amplos nos quais nossa contribuição como pais é relevante, especialmente em assuntos relacionados aos direitos humanos, ao meio ambiente, a cooperação no combate internacional de pessoas, armas e drogas".
Aécio disse ainda que "é preciso enfatizar nesse instante o necessário e urgente enfrentamento à pandemia, que tem assolado o mundo e, de uma maneira especial, o Brasil".
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O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também agradeceu ao primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, de ultradireita e que vem atuando contra a oposição e a imprensa em seu país. O filho 03 disse que o país é "referência".
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara elegeu na manhã desta sexta-feira (12) Aécio Neves (PSDB-MG) para a presidência para o ano de 2021, com 25 votos a favor e seis contrários.
Aécio vai substituir o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que esteve por dois mandatos a frente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional -não houve troca, por conta da pandemia.
Em um discurso que misturou a defesa das suas ações e as do governo, Eduardo Bolsonaro destacou as suas interlocuções e visita à região do Oriente Médio. Então destacou anúncio de 2019, durante visita do presidente à Arábia Saudita, de que o fundo público do país árabe investiria US$ 10 bilhões (R$ 55,7 bilhões) no Brasil.
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Mohammad bin Salman é acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
Khashoggi, que era colunista do jornal The Washington Post e crítico ao regime da Arábia Saudita, foi assassinado no consulado saudita em Istambul, em outubro de 2018. Relatório divulgado neste ano pela inteligência do Estados Unidos responsabilizou o príncipe pela morte do jornalista.
Eduardo Bolsonaro também exaltou a sua proximidade com Israel, que ele afirma terem sido duramente abaladas durante o governo da presidente Dilma Rousseff, que recusou as credenciais do embaixador israelense designado para atuar no Brasil.
O deputado federal também agradeceu ao primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, duramente criticado na Europa por suas investidas contra a imprensa livre e contra a oposição em seu país.
"E também agradeço a deferência do chanceler da Hungria, Péter Szijjártó, e também o premiê Viktor Orbán que tão bem me receberam em minha visita pela Hungria, país que pra mim é referência em várias áreas".
O parlamentar afirmou, novamente misturando as ações da comissão com a do governo, que houve uma ruptura com uma diplomacia permeada por "atrasos". E disse que o Brasil é tratado como um "pária" internacional, mas que vem recebendo investimentos estrangeiros em nível elevado.
"Já naquela oportunidade experimentamos mudanças que hoje se vêem consolidadas. A nossa política externa rompeu com vícios e atrasos e hoje prioriza os verdadeiros interesses nacionais. Os resultados são tangíveis apesar da campanha sórdida levada a cabo especialmente no exterior, não contra esse governo, mas contra o país".
"Sim, a imagem do Brasil lá fora tem sido objeto de uma ofensiva perpetrada daqueles que se autoproclamam democráticos, mas que não aceitam a vontade expressada nas urnas em 2018 por quase 60 milhões de brasileiros", continuou Eduardo.
"Nessa esteira, nosso país inaugurou um novo ciclo da sua política externa, comprometido com o pragmatismo, o fim da barreiras ideológicas e a busca pela diplomacia de resultados concretos. Inegavelmente o Brasil precisou consertar a bússola que nos guiava em prol de um projeto modernizador e pragmático de inserção internacional como país autônomo e independente no concerto de nações e dos grandes atores internacionais", completou.
Aécio, por sua vez, sinalizou que vai atuar em uma direção contrária à de Eduardo Bolsonaro. Em seu discurso, exaltou a defesa do multilateralismo, dos direitos humanos e do meio ambiente, temas frequentemente sob ataque bolsonarista.
"A política externa brasileira deve ter como foco o multilateralismo, nosso relacionamento internacional há de ser amplo, universal, sem exclusões ou alinhamentos automáticos. O Brasil precisa, acredito eu, amplificar sua atuação em grandes temas globais e se inserir em debates mais amplos nos quais nossa contribuição como pais é relevante, especialmente em assuntos relacionados aos direitos humanos, ao meio ambiente, a cooperação no combate internacional de pessoas, armas e drogas".
Aécio disse ainda que "é preciso enfatizar nesse instante o necessário e urgente enfrentamento à pandemia, que tem assolado o mundo e, de uma maneira especial, o Brasil".