PANO DE FUNDO

A disputa eleitoral de 2024 tem um ingrediente a mais no PT: a escolha do diretório estadual em 2025. Há quem acredite que o grupo que sair vitorioso, que conseguir mais visibilidade e prefeituras, terá prestígio no pleito. Por isso, a "insistência" do grupo ligado ao deputado federal Rogério Correia na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Aliás, os próximos meses podem ser decisivos para a candidatura de Correia à PBH.

Ainda sem consenso até mesmo dentro do PT para uma candidatura própria, interlocutores da legenda acreditam, porém, que caso as próximas pesquisas eleitorais apontem um crescimento da pré-candidatura para, no mínimo, 10% de intenção de votos, a candidatura tem grandes chances de seguir adiante mesmo que parte da sigla defenda o apoio ao prefeito Fuad Noman (PSD). A propósito, as críticas de Correia à gestão de Fuad têm gerado constrangimentos nos petistas que ocupam cargos na administração municipal.

"Vídeo de apoio"

A falta de um vídeo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a campanha de Rogério tem sido sentida nos bastidores já que no último fim de semana Lula estreou como cabo eleitoral do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que deve ser o nome a ser apoiado pelo PT na eleição municipal pela Prefeitura de São Paulo.

O evento de lançamento da pré-candidatura do petista em BH na última semana não contou, inclusive, com a presença de duas grandes lideranças do PT: do deputado federal, Reginaldo Lopes, e do secretário do Ministério do Desenvolvimento Social, André Quintão, próximo ao grupo do ex-prefeito de BH, Patrus Ananias. 

Durante o evento, que, inclusive foi um pedido para que fosse realizado no dia do aniversário de Belo Horizonte, Rogério justificou algumas ausências na solenidade devido às votações que estavam acontecendo em Brasília. Na última semana, o Congresso votou a reforma tributária, a medida provisória que altera as regras de subvenção do ICMS e o veto à desoneração da folha de pagamento.