POLÊMICA

Após a revogação da prisão domiciliar do ex-deputado Roberto Jefferson, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou se desvincular do político. Em live nas redes sociais, o candidato à reeleição chegou a dizer que não tem nem foto com o presidente do PTB, o que foi desmentido por vários registros dos dois juntos. 


Bolsonaro já foi filiado ao partido de Jefferson de 2003 a 2005. Foi também no partido, que já era presidido por Roberto Jefferson, que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho 02 de Bolsonaro, teve o primeiro emprego. Na época, Eduardo tinha 18 anos e era calouro de direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele recebia cerca de R$ 9,8 mil por mês e tinha carga horário de 40 horas semanais. No emprego, ele ficou por um ano e quatro meses.

De acordo com a BBC Brasil, o cargo era irregular porque tinha que ser exercido por alguém que residisse em Brasília e Eduardo morava no Rio. Como o emprego foi antes de aprovada a lei sobre nepotismo, o exercício da função não era irregular pelo fato de Jair Bolsonaro ser deputado pelo partido.

Em 2021, o PTB também convidou Bolsonaro a voltar a se filiar ao partido para concorrer à Presidência da República. Bolsonaro, no entanto, não aceitou e se filiou ao PL.

Roberto Jefferson descumpriu os termos da prisão domiciliar ao usar as redes sociais. Ele está preso acusado de integrar milícias digitais e por atos antidemocráticos. Quando os agentes da Polícia Federal chegaram com o mandado de prisão para Jefferson, eles foram recebidos com tiros e granadas. Dois policiais foram atingidos por estilhaços. De acordo com o Estado de S. Paulo, quem negociou com Jefferson para que ele se rendesse foi o ministro da Justiça, Anderson Torres, algo atípico.