Candidato a governador do Paraná, Roberto Requião (PT) participou neste sábado (17) de um comício em Curitiba, ao lado do ex-presidente Lula (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto para retornar ao governo.

 
Requião afirmou que sua "indignação" com a situação do Brasil o levou a se aliar a Lula neste momento. "Eu estou aqui em função da minha indignação com o que acontece no Brasil hoje. Eu fico indignado quando vejo mulheres assaltando um caminhão de lixo para alimentar suas famílias no país que é o maior produtor de grãos do mundo. Fico indignado quando vejo mulheres cozinhando uma sopa de ossos. Fico indignado quando tomam conta do Brasil, retiram os direitos dos trabalhadores, violentam a aposentadoria para concentrar dinheiro na mão de meia dúzia de pessoas, aumentando a carga horária de quem trabalha e diminuindo o salário. É a indignação que me faz estar nesse palanque". 


"Mais que defendendo a minha candidatura, Lula, estou aqui por você. Não vale a pena ser governador do Paraná se o Lula não for o presidente da República. O governo estadual tem limitações. Se nós quisermos resolver uma série de problemas, precisamos ter ao nosso lado um presidente da qualidade do Lula", completou.
 
Para Requião, "Lula é indispensável". "Vim a esse palanque como candidato ao governo do estado e como um cabo eleitoral do Lula no Paraná. Precisamos do presidente da República com identidade com o povo e capaz de solidariedade". 

 
O candidato classificou Jair Bolsonaro (PL) e o atual governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como equívocos do povo brasileiro e paranaense na última eleição. "Temos no governo do Paraná o Rato [Ratinho Jr.], um equívoco da última eleição. Ratinho e Bolsonaro foram enganos da população, e precisamos corrigir isso agora. Não é possível que o Brasil perca soberania. Não é possível que aqui, no nosso Paraná, um cidadão no fim do mês tenha que decidir se paga a conta de água e energia elétrica ou põe comida na mesa. Não é possível que nossos empresários, pequenos e médios, responsáveis por 80% dos empregos oferecidos à população, tenham impostos pesadíssimos, enquanto o governo dá isenção de impostos para as multinacionais e grandes empresas no valor de R$ 17 bilhões. R$ 4,5 bilhões por ano seriam suficientes para corrigir a defasagem salarial não apenas dos professores, dos enfermeiros, dos médicos e dos policiais, mas de todos os funcionários públicos".

"Nós temos sim condição de transformar o Paraná", disse.

 
O candidato ainda falou que eleitores de Bolsonaro foram "iludidos" pela Operação Lava Jato e pela Rede Globo. "Não estou aqui para agredir os bolsonaristas, eles foram iludidos. Eles foram iludidos pela Lava Jato, que tentou criminalizar um patriota brasileiro. Eles foram iludidos pela Globo. Uma parte da população se enganou com a perspectiva de que todo político seria um corrupto e que nós deveríamos entregar o Brasil para o capital financeiro".