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string(3652) "Rede Brasil Atual - Diretores dos principais departamentos da Fundação Palmares se demitiram, nesta quinta-feira (11). Eles alegam falta de diálogo e insatisfações com Sérgio Camargo, presidente da entidade, apesar de serem nomeados aos cargos por possuírem perfis mais conservadores.
A lista inclui Ebnézer Nogueira, diretor de Fomento e Promoção da Cultura Afro Brasileira; Roberto Castelo Braz, coordenador geral de Gestão Interna; e Raimundo Chaves, coordenador geral do Centro Nacional de Informação e referência da Cultura Negra.
Por meio de uma carta destinada a Sérgio Camargo, os três diretores afirmam que tiveram as decisões ignoradas após “inúmeras tentativas de interlocução com a presidência”. “Como diretores e coordenadores dos departamentos que compõem a instituição, fomos voto vencido mesmo sendo a maioria em decisões cruciais ao bom andamento de projetos, ações de mudança de sede e demais políticas públicas que poderiam ser entregues à população até este momento”, diz o documento.
As demissões de Ebnézer, Roberto e Raimundo representam a saída de praticamente todo o colegiado da Fundação Palmares. “Coerentes com nossos princípios morais e políticos, tomamos uma difícil decisão de desligamento de nossos cargos por não encontrarmos mais viabilidade de diálogo entre os diretores e o Presidente”, acrescentaram na carta.
Sérgio Camargo na Fundação Palmares
De acordo com a CNN, o estopim que resultou na saída dos direitos foram divergências em relação à mudança da sede da Fundação em Brasília. Sérgio Camargo anunciou a transferência para um prédio público no fim de 2021, no entanto, o novo espaço precisa de reformas e o projeto ainda não saiu do papel. A maioria do colegiado não concordou com a proposta apresentada pelo presidente. Segundo os coordenadores, o projeto – orçado em mais de R$ 700 mil – foi elaborado a toque de caixa e não inclui todas as avarias que o local apresenta.
No fim de fevereiro, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) questionou a decisão no Tribunal de Contas da União (TCU), apontando infiltrações e falhas estruturais no local a ser ocupado. Segundo a parlamentar, problemas que poderiam prejudicar o acervo da Fundação, que reúne fotografias, documentos históricos e obras de arte relacionadas à história do povo negro.
Desde que assumiu a Fundação Palmares, em 2019, Sérgio Camargo é alvo de críticas de militantes engajados no movimento negro. Ele é conhecido por uma coleção de discursos que relativizam a escravidão no Brasil, tendo já afirmado que não existe “racismo real”, que o movimento negro precisa ser extinto e o Dia da Consciência Negra “precisa ser abolido”.
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A lista inclui Ebnézer Nogueira, diretor de Fomento e Promoção da Cultura Afro Brasileira; Roberto Castelo Braz, coordenador geral de Gestão Interna; e Raimundo Chaves, coordenador geral do Centro Nacional de Informação e referência da Cultura Negra.
Por meio de uma carta destinada a Sérgio Camargo, os três diretores afirmam que tiveram as decisões ignoradas após “inúmeras tentativas de interlocução com a presidência”. “Como diretores e coordenadores dos departamentos que compõem a instituição, fomos voto vencido mesmo sendo a maioria em decisões cruciais ao bom andamento de projetos, ações de mudança de sede e demais políticas públicas que poderiam ser entregues à população até este momento”, diz o documento.
As demissões de Ebnézer, Roberto e Raimundo representam a saída de praticamente todo o colegiado da Fundação Palmares. “Coerentes com nossos princípios morais e políticos, tomamos uma difícil decisão de desligamento de nossos cargos por não encontrarmos mais viabilidade de diálogo entre os diretores e o Presidente”, acrescentaram na carta.
Sérgio Camargo na Fundação Palmares
De acordo com a CNN, o estopim que resultou na saída dos direitos foram divergências em relação à mudança da sede da Fundação em Brasília. Sérgio Camargo anunciou a transferência para um prédio público no fim de 2021, no entanto, o novo espaço precisa de reformas e o projeto ainda não saiu do papel. A maioria do colegiado não concordou com a proposta apresentada pelo presidente. Segundo os coordenadores, o projeto – orçado em mais de R$ 700 mil – foi elaborado a toque de caixa e não inclui todas as avarias que o local apresenta.
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