QUASE 6 ANOS

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta terça-feira (9) que o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) será solucionado até o fim do primeiro trimestre de 2024. Ela e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros no centro do Rio de Janeiro, em 14 de março de 2018.

"É importante dizer que estamos há um ano à frente de uma investigação de um crime que aconteceu há cinco anos, com a convicção de que ainda nesse primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do caso Marielle", declarou em entrevista à rádio CBN.

No fim de 2023, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tinha dito que os nomes dos mandantes do assassinato seriam entregues à Justiça “em breve”.

Dino lembrou que a resolução do caso foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assumida pelo ministro da Justiça, que vai deixar o cargo para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), em 22 de fevereiro.

“Eu, no dia 2 de janeiro, disse que nós iríamos, ministra [das Mulheres] Cida [Gonçalves], elucidar definitivamente o caso Marielle Franco. E hoje, alguém pergunta: 'Bom, decorrido um ano...' As investigações avançaram”, disse.

A PF avançou na investigação com a delação premiada do ex-policial militar Elcio Queiroz, em julho de 2023. Ele dirigiu o veículo em que estavam os executores do homicídio contra Marielle e Anderson.

Caso saiu do TJ do Rio e foi para o STJ

Em outubro, o inquérito que apura o duplo homicídio foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Antes, a investigação tramitava na Justiça do Rio de Janeiro.

A mudança foi motivada por novas suspeitas sobre Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele foi citado na delação premiada de Élcio Queiroz.