O recente destaque ganho pelos integrantes das Forças Armadas começou a incomodar o presidente Jair Bolsonaro: influenciado pelos filhos, ele acredita que os ministros apontados como “tutores” de um governo que acumula crises ficam com os louros do que considera “pontos positivos” de sua gestão, enquanto ele e seus aliados seguem atacados.

Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, Bolsonaro chegou a cobrar ministros para que se posicionassem publicamente contra reportagens que citam críticas de militares (feitas reservadamente a jornalistas) a ele e também como contraponto aos filhos.

Por outro lado, pessoas próximas ao presidente dizem que as crises foram usadas para que se verificassem reações e posicionamentos dos auxiliares de governo vindos das Forças Armadas. Relatos indicam a existência de um cruzamento de informações do que sai na imprensa e as movimentações internas, para assim encontrar quem foi o responsável por conversar com a imprensa.

Os três generais que tem atuado para contornar as recentes crises políticas são os ministros da Casa Civil, Walter Braga Netto, da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Eles buscaram gerenciar os problemas em torno das saídas dos ex-ministros da Justiça Sérgio Moro e da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.