Com desgaste do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, Jair Bolsonaro exigiu mudança de atitude do chanceler na relação com a China, para resolver o impasse na importação de insumos da vacina contra a Covid-19, segundo a Folha de S.Paulo.


Desde as constantes brigas com a Embaixada China no Brasil no ano passado, o ministro estava sem conversar com o país asiático. 

Segundo assessores ouvidos pela Folha, apesar da posição ideológica, Bolsonaro achou que o Ministério das Relações Exteriores não poderia ter rompido o diálogo com o fornecedor dos insumos para a fabricação das vacinas contra a Covid-19. 
 
Os insumos são necessários para a produção dos imunizantes pelo Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) - que fabricam, respectivamente, as vacinas CoronaVac e da Oxford/AstraZeneca. Com o atraso nos insumos, o programa de vacinação brasileiro vai atrasar também.

Por isso, para favorecer as relações entre Brasil e a China, Bolsonaro teria pedido para Ernesto Araújo pessoalmente atuasse para reconstruir a ponte com os chineses.


Segundo a Folha, Bolsonaro está adiando a saída do chanceler por não ter encontrado uma espécie de saída honrosa, como foi feito para o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub.