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Durante uma fala de Girão, a psolista afirmou que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou abertura de inquérito para apurar suposta incitação dele aos atos golpistas de 8 de janeiro.
"A atitude da senhora a gente lamenta bastante. As mulheres têm responsabilidades, sim, e eu as respeito bastante, muito, porque elas são responsáveis pela procriação e pela harmonia da família. E a senhora não", disse Girão.
Em seguida, mulheres que estavam na sessão criticaram a declaração, entre elas as deputadas Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Camila Jara (PT-MS) e a própria Sâmia.
Momentos antes, o parlamentar afirmou que mulheres do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) tinham supostamente tentado invadir seu gabinete em Natal há cerca de dois anos e que elas não teriam sido punidas por serem mulheres.
"É um absurdo a gente ter tido um ato terrorista contra o meu gabinete e não ter uma resposta simplesmente porque foi feito por mulheres. Quer dizer então que no Código Penal brasileiro a mulher pode cometer um crime e ficar isenta?", disse.
Girão já havia, minutos antes, sugerido o uso da polícia legislativa para que retirasse Sâmia do plenário da comissão após bate-boca entre ela e o deputado Éder Mauro (PL-PA), que disse que a psolista faz parte do "chorume do comunismo".
Por alguns minutos os microfones dos parlamentares foram cortados diante do bate-boca. O relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP), chegou a sugerir aos colegas que eles representassem Sâmia no Conselho de Ética da Câmara.
O presidente da comissão, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), também se exaltou e discutiu com a parlamentar. "Qual é o seu objetivo, deputada? A senhora quer que eu encerre a sessão, é isso?", disse.
A sessão da CPI desta quarta foi a última do colegiado antes do recesso parlamentar. Nela foram aprovados 21 requerimentos em bloco e em votação simbólica (quando não há contabilização dos votos), após ter sido acordado entre a mesa da CPI e deputados governistas.
Na sessão do dia anterior, os parlamentares aprovaram a convocação do ex-ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) general Gonçalves Dias e preservaram, novamente, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, após ação da base do governo Lula (PT).
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