PSL e DEM estão prestes a dar os últimos passos rumo à fusão que dará origem ao maior partido do país. De acordo com reportagem do jornal O Globo, a cúpula dos Democratas deve se reunir nesta terça-feira (21) em Brasília para tratar sobre a proposta de fusão das legendas, que provoca incômodo para o Palácio do Planalto.

Rachado desde que Bolsonaro rompeu com o deputado  Luciano Bivar (PE), líder do PSL, e desfiliou-se do partido, a sigla também deve reunir sua cúpula. Entre os dirigentes, ainda de acordo com a reportagem, não deve haver obstáculos, já que o pedido de fusão partiu do PSL. Muito embora os conflitos internos na legenda sejam constantes entre os fiéis integrantes da base aliada e contrários a Bolsonaro. 

O que motiva as duas legendas é um jogo de ganha-ganha para ambos os lados. O DEM, por exemplo, está de olho no aporte financeiro que a fusão pode proporcionar: somados, os fundos eleitorais das duas legendas chegam a R$ 320 milhões.  Em 2020 recebeu R$ 120 milhões. 

A candidatura para a Presidência da República é apenas uma das arestas que o comando da futura legenda, que teria Bivar como presidente e Neto como vice, teria de aparar.

Rodrigo Pacheco (MG), presidente do Senado, vem sendo cotado para encabeçar a terceira via e se candidatar à Presidência da República, embora também seja a opção do  PSD. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, outro quadro do DEM, seria o plano B. Do lado do PSL, o apresentador José Luiz Datena, que se filiou recentemente, já deixa claro que ambiciona o mesmo espaço de destaque.