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Damião reage ao projeto de Zema para privatizar a Copasa: “se quer vender, converse com BH”

30/10/2025 20h30 - Atualizado em 30/10/2025 20h30 por Raquel Penaforte e Érika Giovannini/ otempo

Prefeito diz que “não há Copasa sem Belo Horizonte” e afirma que se a empresa não for parceira da capital, há “outras 30" interessadas

damiaodapbh.pngÁlvaro Damião assumiu a Prefeitura de Belo Horizonte após a morte de Fuad Noman /Foto: Fred Magno/O Tempo
RECADO

O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), defendeu, nesta quarta-feira (29/10), que a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) precisa ser discutida com o executivo municipal. Ele afirmou ainda que existem "30 parceiros" com interesse em oferecer esse serviço à capital. A venda da Companhia foi alvo de intensa discussão nas últimas semanas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com aprovação em primeiro turno do projeto de Romeu Zema(Novo) que retira a exigência de referendo popular para avanço da privatização. 

Damião deixou claro que, embora a privatização da Copasa seja uma decisão do governo do Estado, a capital mineira é parte central do negócio. “O que eu quero que a Copasa entenda, e que o governo do estado consequentemente entenda, é que não existe Copasa sem Belo Horizonte. Belo Horizonte é praticamente 50% da Copasa.  Então se quer vender a Copasa, se quer negociar a Copasa, conversa com Belo Horizonte”, relatou. A declaração foi realizada em evento que apresentava uma varredeira elétrica para ajudar na limpeza das ruas da cidade. 

Prefeito tem interesse em manter parceria, mas traz condições

O prefeito destacou que a manutenção da Lagoa da Pampulha e estruturações de esgotos cortando asfaltos são problemas que a prefeitura tem com a Companhia atualmente. “A Prefeitura de Belo Horizonte quer ser parceira da Copasa. A pergunta é: você vão nos dar a lagoa que nós queremos e que nós merecemos? Você vão parar de ficar cortando o asfalto que a prefeitura faz e colocando esses calombos espalhados por Belo Horizonte inteira? Ou você vão fazer um asfalto de qualidade igual ao da prefeitura de Belo Horizonte?”, questionou, destacando que a prefeitura realiza asfaltos “com qualidade”. 

Apesar de ter declarado que o executivo municipal está aberto a dialogar devido à parceria que já existe com a empresa, Damião condicionou a renovação contratual ao cumprimento dessas demandas e ao pagamento da outorga devida à capital. "Além, é obvio, da outorga que ela tem que pagar para o município de Belo Horizonte para poder renovar o contrato. Se não fizer isso, não tem renovação de contrato," alertou.