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Aos gritos de "Ladrão!", "Picareta!", "Vagabundo!", "Puxa-saco!", entre outros, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), e Jorginho Melo (PL/SC) quase chegaram a agressões físicas durante a sessão da CPI da Covid-19 na manhã desta quinta-feira (23).
O bate-boca começou quando Mello, aliado do presidente Jair Bolsonaro, tentou fazer uma defesa do governo federal e disse que Renan Calheiros, relator da CPI, estava envolvido em desvios de recursos.
Calheiros respondeu: “Vá lavar a sua boca”.
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Mello retrucou: “Você é um ladrão, picareta”.
Calheiros partiu para cima de Mello e o parlamentar catarinense apontou o dedo em riste no rosto do relator da CPI. A confusão foi contida por outros senadores integrantes da CPI.
Após os ânimos se acalmarem, o presidente da comissão, senador Omar Aziz fez um apelo aos dois colegas: “Em nome da harmonia, quero pedir uma coisa encarecidamente. Vocês dois, que são bastantes maduros, creio eu, que um pedido recíproco de desculpas.”
No entanto, ele não foi atendido. Tanto que, logo em seguida, Renan e Jorginho voltaram a bater boca. Por fim, Aziz pediu aos servidores do Senado para que os xingamentos fossem retirados das notas taquigráficas da CPI, pata que não ficassem documentadas.
Mas a confusão foi transmitida ao vivo, por meio da TV Senado, e replicada por canais de televisão fechados. A TV Senado chegou a cortar o áudio quando os ânimos se acirraram e os dois senadores se aproximaram, tendo de ser contidos por colegas e até seguranças da Casa.
Empresário é ouvido nesta quinta-feira
Nesta quinta-feira, a CPI ouve Danilo Trento. O empresário chegou ao Senado por volta de 9h40 e permaneceu em silêncio ao ser abordado por jornalistas antes do início da sessão.
A intenção é esclarecer, entre outros fatos, qual o grau de envolvimento dele com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa que representou a indiana Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, no contrato para compra dos imunizantes pelo Ministério da Saúde.
Trento comparecerá à comissão protegido por um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso, na noite desta quarta-feira (22). Ele poderá ficar em silêncio e não responder perguntas que possam incriminá-lo.
Conforme o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, Danilo Trento é sócio da empresa Primarcial Holding e Participações, com sede em São Paulo e no mesmo endereço da Primares Holding e Participações, cujo sócio é Francisco Maximiano.
"Recebemos também informações de que Danilo e Maximiano viajaram juntos à Índia para as negociações em torno dos testes de covid e da vacina Covaxin", explicou em seu requerimento o parlamentar.
“Nós estaremos diante, no dia de hoje, do chefe da lavanderia da Precisa. Não é da lavanderia da roupa, é lavanderia de dinheiro da Precisa”, afirmou Randolfe na chegada à CPI nesta quinta.
Alguns senadores acreditam ainda que Danilo Trento tenha relações comerciais com o suposto dono da FIB Bank, Marcos Tolentino. A FIB Bank foi a empresa escolhida pela Precisa para oferecer garantia no contrato de compra da vacina. Apesar do nome, não se trata de um banco e, pelas investigações, a instituição não teria condições mínimas de arcar com a garantia oferecida.
A intenção do Ministério da Saúde era comprar 20 milhões de doses da Covaxin do laboratório indiano Bharat Biotech, mas em 29 de julho o contrato foi definitivamente cancelado, após as denúncias de irregularidades apresentadas à CPI pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão Luís Ricardo, que é funcionário do Ministério da Saúde. Com isso, o pagamento não chegou a ser efetivado pelo governo.
Comissão pede informações ao Coaf
Em 19 de agosto, por iniciativa de Renan Calheiros, a CPI aprovou requerimento ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) pedindo o Relatório de Inteligência Financeira (RIF) de Danilo Trento e da empresa Primarcial Holding e Participações. As informações pedidas são do período desde 2019 até agosto passado.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou um requerimento para quebras de sigilos telefônico, bancário, fiscal e telemático de Trento, o que não chegou a ser votado pela CPI.
Segundo o parlamentar, Danilo Trento recebeu R$ 630 mil da empresa 6M Participações, que é de Francisco Maximiano, que, por sua vez, já transferiu R$ 92 mil a Trento. Além disso, o senador lembrou que Danilo Trento já alugou jatinho em nome da 6M, e o irmão dele, Gustavo Trento, trabalha na Precisa Medicamentos, recebendo salário mensal de R$ 6 mil.
Em seu requerimento, Tasso Jereissati cita indícios de que Danilo Trento, Francisco Maximiano e Marcos Tolentino são parceiros de negócios há pelo menos cinco anos.
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O bate-boca começou quando Mello, aliado do presidente Jair Bolsonaro, tentou fazer uma defesa do governo federal e disse que Renan Calheiros, relator da CPI, estava envolvido em desvios de recursos.
Calheiros respondeu: “Vá lavar a sua boca”.
Olá, leitor(a) do portal O TEMPO, queremos conhecer você melhor!
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Mello retrucou: “Você é um ladrão, picareta”.
Calheiros partiu para cima de Mello e o parlamentar catarinense apontou o dedo em riste no rosto do relator da CPI. A confusão foi contida por outros senadores integrantes da CPI.
Após os ânimos se acalmarem, o presidente da comissão, senador Omar Aziz fez um apelo aos dois colegas: “Em nome da harmonia, quero pedir uma coisa encarecidamente. Vocês dois, que são bastantes maduros, creio eu, que um pedido recíproco de desculpas.”
No entanto, ele não foi atendido. Tanto que, logo em seguida, Renan e Jorginho voltaram a bater boca. Por fim, Aziz pediu aos servidores do Senado para que os xingamentos fossem retirados das notas taquigráficas da CPI, pata que não ficassem documentadas.
Mas a confusão foi transmitida ao vivo, por meio da TV Senado, e replicada por canais de televisão fechados. A TV Senado chegou a cortar o áudio quando os ânimos se acirraram e os dois senadores se aproximaram, tendo de ser contidos por colegas e até seguranças da Casa.
Empresário é ouvido nesta quinta-feira
Nesta quinta-feira, a CPI ouve Danilo Trento. O empresário chegou ao Senado por volta de 9h40 e permaneceu em silêncio ao ser abordado por jornalistas antes do início da sessão.
A intenção é esclarecer, entre outros fatos, qual o grau de envolvimento dele com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa que representou a indiana Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, no contrato para compra dos imunizantes pelo Ministério da Saúde.
Trento comparecerá à comissão protegido por um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso, na noite desta quarta-feira (22). Ele poderá ficar em silêncio e não responder perguntas que possam incriminá-lo.
Conforme o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, Danilo Trento é sócio da empresa Primarcial Holding e Participações, com sede em São Paulo e no mesmo endereço da Primares Holding e Participações, cujo sócio é Francisco Maximiano.
"Recebemos também informações de que Danilo e Maximiano viajaram juntos à Índia para as negociações em torno dos testes de covid e da vacina Covaxin", explicou em seu requerimento o parlamentar.
“Nós estaremos diante, no dia de hoje, do chefe da lavanderia da Precisa. Não é da lavanderia da roupa, é lavanderia de dinheiro da Precisa”, afirmou Randolfe na chegada à CPI nesta quinta.
Alguns senadores acreditam ainda que Danilo Trento tenha relações comerciais com o suposto dono da FIB Bank, Marcos Tolentino. A FIB Bank foi a empresa escolhida pela Precisa para oferecer garantia no contrato de compra da vacina. Apesar do nome, não se trata de um banco e, pelas investigações, a instituição não teria condições mínimas de arcar com a garantia oferecida.
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