SENADO
 
Em um dos depoimentos, o intérprete de libras que fazia a transcrição da fala da jovem Geovanna Gomes Mendes da Silva, de 19 anos, não aguentou e se emocionou ao escutar o relato da menina. Ela perdeu os pais para a doença e ficará com a guarda da irmã, de apenas 10 anos. "Eu, meus pais e minha irmã éramos muito unidos. Quando meus pais faleceram, a gente perdeu as pessoas que a gente mais amava. Eu vi que precisava da minha irmã e ela precisava de mim, eu me apoiava nela e ela se apoiava em mim. A partir dali, vi que eu não poderia ficar mais sem ela", disse.

Além das irmãs, os senadores também ouvem nesta segunda, Rosane Brandão, viúva por causa da Covid-19; Arquivaldo Bites Leite e Marcio Antônio, que tiveram Covid; e Antonio Carlos Costa, da ONG Rio de Paz. Os depoimentos fazem parte de uma mudança no calendário da CPI da Covid e foram aprovados nesta sexta-feira (15).


O relatório final será apresentado pela comissão na quarta-feira (20). Nele, será proposto a criação de uma pensão especial para órfãos de vítimas da Covid-19. O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), informou, também, que vai sugerir a aposentadoria por invalidez para pessoas que ficaram com sequelas graves em razão da doença.

O momento foi compartilhado nas redes sociais pela deputada federal Marília Arraes (PT-PE).

Marília Arraes
@MariliaArraes
Que tristeza! O relato de Giovanna e de tantos outros hoje na #CPIdaCovid é de partir o coração. Nem o intérprete de Libras resistiu às emoções. O Brasil fará justiça por Giovanna e pelas mais de 600 mil vítimas dessa política de morte.