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string(4215) "O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, nesta sexta-feira (25/6), que, além do presidente Jair Bolsonaro, ele também avisou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que tinha conhecimento das denúncias sobre indícios de corrupção envolvendo o contrato para a compra da vacina indiana Covaxin.
A vacina é do laboratório indiano Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos. O Ministério da Saúde assinou com essa empresa brasileira um contrato de R$ 1,6 bilhão para aquisição de 20 milhões de doses no dia 25 de fevereiro, e está sendo alvo de questionamento na comissão.
“Nós conversamos no plenário, eu e o deputado Eduardo Bolsonaro, sobre problemas que vinham sendo denunciados pelo meu irmão no Palácio. Falei que foram entregues por duas vezes denúncias relatadas pelo meu irmão ao ministro Onyx (Lorenzoni) e que uma hora poderia estourar no governo, que era importante que ele desse atenção a isso, e mando o contato do meu irmão para ele”, afirmou.
O deputado ainda afirmou que chegou a enviar o contato do irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, a Eduardo Bolsonaro, para que o vereador entrasse em contato e esclarecesse a situação. Questionado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) se o filho do presidente lhe telefonou, o servidor disse que não.
Foi Luis Ricardo quem relatou ao Ministério Público Federal (MPF) ter sofrido "pressões anormais" de integrantes da alta cúpula da pasta para agilizar a importação do imunizante indiano. Diante da identificação e repercussão dos embaraços, o servidor relatou ter procurado o irmão, que, por sua vez, resolveu levar ao presidente Bolsonaro a situação.
"O presidente sabe de toda a verdade e poderia ter me poupado de passar esse constrangimento", afirmou o deputado Luis Miranda durante o interrogatório do relator. "Disse que sabia e que mais ou menos presumia o tamanho do problema e que iria encaminhar à DG (Diretoria Geral) da Polícia Federal". Senadores afirmaram, no entanto, que na PF não houve nenhuma movimentação neste sentido por parte do presidente.
O parlamentar mostrou uma série de mensagens entre ele e o irmão na qual o servidor relata ligações que recebeu de seus superiores para agilizar a importação da Covaxin. Em um dos áudios enviados por Luis Ricardo, ele diz ao seu irmão, deputado federal: “Tem uma carga de vacina chegando agora amanhã da Covax Facility (parceria com a Organização Mundial da Saúde - OMS). Os caras não estão nem aí. Não me perguntaram nada sobre a prioridade disso. Milhões de seringas chegando, importações, nunca recebi uma ligação de ninguém, de diretor de empresa, secretário. Já dessa, o que tem de gente em cima... Aí, você já fica com o pé atrás”, afirmou.
O principal problema apresentado pelo servidor é um “invoice” (recibo internacional) enviado pela Precisa Medicamentos para o pagamento do contrato. O documento inicial, segundo o servidor, pede pagamento integral antecipado, o que não é comum, e um número errado de imunizantes, diferentemente do que foi acordado. Além disso, o invoice estava no nome de uma terceira empresa, chamada Madison Biotech, que fica em Singapura.
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A vacina é do laboratório indiano Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos. O Ministério da Saúde assinou com essa empresa brasileira um contrato de R$ 1,6 bilhão para aquisição de 20 milhões de doses no dia 25 de fevereiro, e está sendo alvo de questionamento na comissão.
“Nós conversamos no plenário, eu e o deputado Eduardo Bolsonaro, sobre problemas que vinham sendo denunciados pelo meu irmão no Palácio. Falei que foram entregues por duas vezes denúncias relatadas pelo meu irmão ao ministro Onyx (Lorenzoni) e que uma hora poderia estourar no governo, que era importante que ele desse atenção a isso, e mando o contato do meu irmão para ele”, afirmou.
O deputado ainda afirmou que chegou a enviar o contato do irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, a Eduardo Bolsonaro, para que o vereador entrasse em contato e esclarecesse a situação. Questionado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) se o filho do presidente lhe telefonou, o servidor disse que não.
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