MORADORES X COMERCIANTES

O vereador e candidato a prefeito de Belo Horizonte Gabriel Azevedo (MDB) acredita que a revisão e construção do Código de Posturas da capital pode solucionar os conflitos com donos de bares e restaurantes e a vizinhança. Em agenda com a imprensa no seu comitê de campanha nesta sexta-feira (23 de agosto), o parlamentar falou da situação que tem se tensionado desde o final do ano passado, com operações das equipes de fiscalização e da Guarda Municipal para retirada de mesas e cadeiras das calçadas e aplicando multas aos comerciantes. 

Segundo o candidato, a regra será atualizada tendo como base os relatórios elaborados em comissões na Câmara. Ele classifica o atual código de posturas da capital como ultrapassado, tendo a vista a elaboração na década de 90. “Muita coisa já foi feita de lá pra cá e a não mudança dessas normas faz com que cenas lamentáveis aconteçam na cidade”, observou Gabriel. 

Ele afirmou que além do novo código de posturas, caso eleito, também vai viabilizar uma atualização do código de edificações da cidade. “Nós temos, sim, que ter uma cidade com respeito à gastronomia, com valorização dos bares, restaurantes. Porém, com respeito às pessoas e, para isso, a gente precisa de fiscalização”, indicou Gabriel.

Na mesma agenda, ele reafirmou a promessa de nomear 300 servidores da fiscalização que foram aprovados em concurso, mas ainda não convocados. “Belo Horizonte que é uma cidade de 487 bairros, está descoberta de fiscalização. Nós estamos falando de quase 300 pessoas que fizeram concurso, passaram e não foram nomeados. E aí quando o cidadão que mora em frente a um bar que está desrespeitando a questão do barulho chama a prefeitura, não vai ninguém. Porque o fiscal está em outra ação ou não tem equipamento para ir”, complementou o candidato. 

O conflito entre donos de bares e população, conforme o candidato, ocorre em toda a cidade. “Eu sinto que a prefeitura hoje atrapalha todo mundo de maneira igual. A burocracia é total para o empreendedor e para aquele que está fazendo errado tem que ter fiscal. E tem que ter facilidade para quem está fazendo do jeito certo”, complementou Azevedo.