Candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes se reuniu com militância e apoiadores políticos nesta quinta-feira (15), no Comitê 12, localizado na Avenida Rosa e Silva, Recife. O encontro que foi organizado pela vice-prefeita Isabella de Roldão (PDT), contou com presenças como a da candidata a vice na chapa de Ciro, Ana Paula Matos (PDT), e as dos presidentes estadual e nacional do partido, Wolney Queiroz (PDT) e Carlos Lupi (PDT), respectivamente.

“Capital política do Nordeste, que é o Recife. Fortaleza fica com ciúme, mas o que eu posso fazer? Eu conheço a história”, disse o presidenciável em um aceno ao eleitorado, enquanto tecia críticas às pesquisas que o “sistema” não mostra, citando a quantidade de jovens no Brasil que estão sem estudar ou trabalhar, por exemplo. Ciro se referia às pesquisas de intenção de voto que mostram uma corrida rumo ao Palácio da Alvorada dominada por Lula (PT) e pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Ainda nesta quinta-feira, o presidenciável seguiu para uma visita ao Porto Digital do Recife, ás 15h.

No ato no Comitê 12, Ciro e apoiadores apostam em um discurso de que o candidato pode ir ao segundo turno, e mencionaram mais de uma vez a oposição ao “Voto útil”, estratégia que o líder do PT vem usando para vencer o presidente em primeiro turno.”Voto útil é o instrumento que os autoritários e os covardes têm pra tirar a liberdade do povo, porque os autoritários querem que as pessoas deem a ele o poder todo cegamente”, afirmou. 

A fala é uma resposta ao apelo ostensivo do ex-presidente Lula e de seus apoiadores pelo instrumento, quando o eleitor deixa de votar em seu candidato para dar preferência a um que tem maior chance de vencer. Para concretizar isso contra Bolsonaro, o petista tenta levar junto consigo o eleitorado de Ciro. “O Lula não é um inimigo do povo. Quem me conhece sabe. Nos últimos 30 anos, duvido que o Lula tenha achado no PT um amigo mais leal, um companheiro mais disposto a ajudá-lo quando entendi que era necessário. Com essa autoridade, com essa biografia, é que eu digo com muita dor: o Lula se corrompeu, se vendeu ao sistema e vendeu o Brasil, como de novo tá vendendo”, disse Ciro. E complementou: “Avisei, cada dia que eu pude, que o Lula estava se corrompendo e entregando ao desfrute da burguesia financeira mais egoísta do mundo.”