A filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, caso se confirme, reforçará em Minas o palanque que o partido já buscaria montar em favor da reeleição do governador Romeu Zema (Novo), avalia o deputado federal Lincoln Portela, vice-presidente do diretório da sigla em Minas e também vice-líder da bancada na Câmara. “Já estamos muito afinados com o Zema e agora isso se reforçará, ainda mais que o Zema comunga dos mesmos ideais do presidente”, argumenta.

Bancada reforçada

É esperado que, com Bolsonaro no PL, boa parte dos deputados federais e estaduais que hoje estão no PSL o acompanhem – o PSL se fundiu com o DEM, originando o União Brasil, de perfil oposicionista. Isso deve acontecer entre março e abril de 2022, no período chamado “janela partidária”, quando o parlamentar pode trocar de legenda sem ameaça de perder a cadeira. Para cargos de Executivo, como é o caso da Presidência da República, a mudança de partido pode ocorrer a qualquer tempo.

Em Minas, o PSL possui atualmente cinco deputados federais e cinco estaduais.

Segundo Portela, não é possível arriscar quantos vão acompanhar o presidente e também se filiar ao PL, mas ele acredita que a sigla certamente crescerá com a chegada de Bolsonaro. “Estamos aguardando inclusive deputados de outras agremiações, não somente do PSL”, afirma. O deputado prevê que, após a janela de transferência de março, a legenda assumirá a posição de segunda ou mesmo de primeira bancada da Câmara.

O PL é a terceira maior sigla da Câmara dos Deputados, com 43 parlamentares - atrás apenas do PSL, com 54, e do PT, com 53 -, além de quatro senadores. Em Minas, os deputados federais do PL são Lincoln Portela, Zé Vitor e Aelton Freitas. Na Assembleia Legislativa de Minas, são dois deputados: Léo Portela e Gustavo Santanna.