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O The Guardian, do Reino Unido, noticiou que a investigação do caso das joias foi ampliada com a Operação Lucas 12:2, deflagrada no dia 11. "Todo Rolex conta uma história, afirmou certa vez o fabricante de relógios de luxo. A polícia brasileira acredita que esse slogan é particularmente verdadeiro quando se trata do relógio cravejado de diamantes no centro de uma investigação sobre a suspeita de furto de presentes oficiais de alto valor por pessoas próximas de Jair Bolsonaro - e possivelmente pelo próprio ex-presidente", começa a reportagem do correspondente Tom Phillips.
O texto do Guardian cita ainda que o nome escolhido para a operação, que faz referência a um versículo da Bíblia, parece ser uma brincadeira com um bordão de Bolsonaro. "A operação policial foi chamada de Lucas 12:2 - uma referência à frase da Bíblia: Não há nada oculto que não venha a ser revelado, ou escondido que não venha a ser conhecido. O nome parecia ser uma referência zombeteira a um dos principais bordões de Bolsonaro, do Evangelho de João: Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará'."
O Washington Post, dos Estados Unidos, noticiou a operação policial contra auxiliares de Bolsonaro dando destaque ao valor supostamente recebido pela venda de presentes de luxo: US$ 70 mil. Além de detalhar as investigações da Polícia Federal, a reportagem publicada no jornal americano lembra que há suspeita de envolvimento de Bolsonaro nos atos golpistas de 8 de janeiro e que o ex-presidente está inelegível por 8 anos.
O Le Monde, da França, destacou que Bolsonaro é suspeito de ter desviado presentes para a Presidência para seu benefício pessoal. O jornal francês explicou que o ex-presidente teria levado alguns desses itens para os Estados Unidos após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas eleições. Já em março, quando o caso foi revelado pelo Estadão, o Le Monde tinha descrito o possível envolvimento de Bolsonaro como "embaraçoso" e "extremamente constrangedor". O correspondente do jornal francês no Rio, Bruno Meyerfeld, escreveu que a "imagem de homem do povo" do ex-presidente estava "seriamente abalada".
O Público, de Portugal, afirmou que as denúncias de ex-colaboradores colocam Bolsonaro em "maus lençois". O jornal português destacou a suspeita de envolvimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid na venda de presentes recebidos pela Presidência e as acusações feitas pelo hacker Walter Delgatti Neto durante sessão da CPI do 8 de janeiro. Delgatti afirmou que o ex-presidente pediu que ele tentasse invadir uma urna eletrônica. Em outra reportagem, o Público reportou o pedido de quebra de sigilo fiscal de Bolsonaro e da ex-primeira dama, Michelle.
O El País, da Espanha, publicou um artigo de opinião do jornalista e escritor Juan Arias sobre o assunto. No texto intitulado "A ironia de Bolsonaro que está se afogando no escândalo das joias de ouro e diamantes", o autor destaca a diferença entre o discurso anticorrupção do ex-presidente e as acusações de envolvimento no suposto esquema de venda de presentes. O escritor diz ser irônico que Bolsonaro possa ser preso pelo caso das joias e não por atitudes citadas como mais graves, como "a tentativa de golpe de Estado ou sua zombaria com a epidemia de covid".
"A história dessas joias poderia dar um filme de comédia sobre pequenos traficantes, como o fato de terem sido trazidas escondidas no fundo da mochila de um militar e de alguns desses objetos preciosos, como um colar de diamantes para a esposa de Bolsonaro, ainda estarem retidos na alfândega do Rio e ainda não terem sido recuperados", escreveu Arias.
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O texto do Guardian cita ainda que o nome escolhido para a operação, que faz referência a um versículo da Bíblia, parece ser uma brincadeira com um bordão de Bolsonaro. "A operação policial foi chamada de Lucas 12:2 - uma referência à frase da Bíblia: Não há nada oculto que não venha a ser revelado, ou escondido que não venha a ser conhecido. O nome parecia ser uma referência zombeteira a um dos principais bordões de Bolsonaro, do Evangelho de João: Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará'."
O Washington Post, dos Estados Unidos, noticiou a operação policial contra auxiliares de Bolsonaro dando destaque ao valor supostamente recebido pela venda de presentes de luxo: US$ 70 mil. Além de detalhar as investigações da Polícia Federal, a reportagem publicada no jornal americano lembra que há suspeita de envolvimento de Bolsonaro nos atos golpistas de 8 de janeiro e que o ex-presidente está inelegível por 8 anos.
O Le Monde, da França, destacou que Bolsonaro é suspeito de ter desviado presentes para a Presidência para seu benefício pessoal. O jornal francês explicou que o ex-presidente teria levado alguns desses itens para os Estados Unidos após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas eleições. Já em março, quando o caso foi revelado pelo Estadão, o Le Monde tinha descrito o possível envolvimento de Bolsonaro como "embaraçoso" e "extremamente constrangedor". O correspondente do jornal francês no Rio, Bruno Meyerfeld, escreveu que a "imagem de homem do povo" do ex-presidente estava "seriamente abalada".
O Público, de Portugal, afirmou que as denúncias de ex-colaboradores colocam Bolsonaro em "maus lençois". O jornal português destacou a suspeita de envolvimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid na venda de presentes recebidos pela Presidência e as acusações feitas pelo hacker Walter Delgatti Neto durante sessão da CPI do 8 de janeiro. Delgatti afirmou que o ex-presidente pediu que ele tentasse invadir uma urna eletrônica. Em outra reportagem, o Público reportou o pedido de quebra de sigilo fiscal de Bolsonaro e da ex-primeira dama, Michelle.
O El País, da Espanha, publicou um artigo de opinião do jornalista e escritor Juan Arias sobre o assunto. No texto intitulado "A ironia de Bolsonaro que está se afogando no escândalo das joias de ouro e diamantes", o autor destaca a diferença entre o discurso anticorrupção do ex-presidente e as acusações de envolvimento no suposto esquema de venda de presentes. O escritor diz ser irônico que Bolsonaro possa ser preso pelo caso das joias e não por atitudes citadas como mais graves, como "a tentativa de golpe de Estado ou sua zombaria com a epidemia de covid".
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