O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) deverá ser apontado no relatório final da CPI da Covid como articulador da rede bolsonarista de divulgação de notícias falsas, informa a jornalista Camila Mattoso na Coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Ela informa que, para isso, a Comissão usará o conteúdo de 16 depoimentos prestados à Polícia Federal. Os depoimentos também apontam para o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como elo da rede de fake news e os empresários Otávio Fakhoury e Luciano Hang, que também prestaram depoimentos à CPI, como financiadores.

“Políticos como as deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF) devem entrar no relatório final porque a CPI constatou que, quando a investigação começou, elas apagaram postagens em suas redes com desinformação sobre a vacinação e o uso de máscaras”, diz a reportagem.

‘Gabinete do ódio’


Devem constar também no relatório outros líderes bolsonaristas, como o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, e o assessor da área internacional Filipe Martins, de acordo com as jornalistas Malu Gaspar e Mariana Carneiro em O Globo.

11 crimes de Bolsonaro
Segundo o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), além de Jair Bolsonaro, a CPI irá indiciar Ricardo Barros, Osmar Terra, Nise Yamaguchi e “ilustres membros do gabinete do ódio”. Jair Bolsonaro terá 11 crimes cometidos durante a pandemia listados no relatório final.


“Só com relação ao presidente da República, já selecionamos 11 tipos penais. Vão de crimes de responsabilidade, passando por crimes comuns, crimes contra a saúde pública e crimes contra a humanidade, também”, afirmou em entrevista neste domingo (10).