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string(71) "Carla Zambelli critica Bolsonaro e diz ser contra impeachment de Moraes"
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Em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", ela confirmou ter procurado Moraes para criar novas pontes e disse que está tendo mais cuidado após o dia 8 de janeiro e que agora o foco deve agora ser de críticas a Lula.
"Tenho dito que, como deputada, minha briga não pode ser a mesma da legislatura passada. Eu tinha o papel de defender Bolsonaro e governo, qualquer um que os atacasse tinha que virar um alvo meu. Nesta legislatura, Bolsonaro não é mais presidente, então nosso alvo tem que ser Lula, seus feitos e desfeitos", disse ela na entrevista.
De acordo com Zambelli, Lula já cometeu crime de responsabilidade ao não fazer licitação para compra de móveis para o Palácio da Alvorada. Contudo, ela afirma que é preciso que haja um crime de aderência política. "Acredito que logo ele vai cometer. O Congresso vai perceber que ele não está fazendo o que prometeu. A economia vai começar a dar errado, e ele vai ficar impopular", disse Zambelli.
Apesar das críticas a Lula, a deputada também faz reparos à atuação de Bolsonaro após sua derrota nas urnas. "Bolsonaro, mesmo perdendo, tinha um papel fundamental na oposição. Discordo da maneira como ele levou aquele tempo todo (para falar após a derrota) e o silêncio que teve. Ele tinha que organizar a oposição, orientar a gente. Ele tinha 28 anos de Câmara. Tínhamos que mostrar nosso descontentamento até para incentivá-lo a ser a voz da oposição", critica.
23 de fevereiro
Segundo ela, na live que promoveu no dia 30 de dezembro, Bolsonaro "tinha que ter deixado claro o que pensava". "Ele seria um remédio se tivesse dito que era para as pessoas saírem dos quartéis", afirma a parlamentar.
Apesar de não considerar que a ida de Bolsonaro para os Estados Unidos tenha sido uma fuga, ela avalia que o ideal é que eles estivesse presidente. "Não acho que seja fugir. Passar um tempo fora para pensar no que vai fazer é legítimo. Mas concordo que ele deveria estar aqui para liderar a oposição. A gente teria mais condições, capacidade e força", afirmou.
Para Zambelli, com o risco de Bolsonaro ficar inelegível, é preciso preparar alternativas. "Ele pode ser candidato, mas a gente tem que preparar uma nova alternativa. A direita tem que ter quatro, cinco alternativas. Tem que ter Bolsonaro, Michelle, os filhos do Bolsonaro, Tarcísio e outros", destacou.
Na entrevista, ela também confirma ter procurado o ministro Alexandre de Moraes, como relatado pelo portal "Metrópoles", e afirmou que a liberação de suas redes sociais pode ter sido um aceno.
"Liguei e mandei um e-mail. Alguns dias depois, minha rede foi devolvida. Pode ter sido um gesto. Estou à disposição dele para conversar. porque ele vai ser um alvo do PT daqui a pouco. O PT não vai se contentar em indicar somente os dois ministros que vão se aposentar", afirma.
Para Zambelli, o impeachment de Moraes não ajudaria a direita hoje. "Não (acho que deveria haver impeachment de Moraes). Bolsonaro não ganhando, a gente tem que virar a chave. Qualquer impeachment no STF, o substituto vai ser indicado por Lula. Pode entrar uma pessoa que faça as maldades do Alexandre de Moraes parecerem uma criança chupando picolé", disse.
A deputada federal disse ainda que chegou a avaliar o risco de ser presa em razão dos embates mais duros com o STF para defender Bolsonaro. "Medo não é a palavra, mas expectativa, sim. Não como uma boa expectativa. Várias vezes fui dormir pensando que ia ter que acordar às 6h com a Polícia Federal na minha porta", disse, afirmando porém que nunca excedeu os limites de sua liberdade de se manifestar.
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Em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", ela confirmou ter procurado Moraes para criar novas pontes e disse que está tendo mais cuidado após o dia 8 de janeiro e que agora o foco deve agora ser de críticas a Lula.
"Tenho dito que, como deputada, minha briga não pode ser a mesma da legislatura passada. Eu tinha o papel de defender Bolsonaro e governo, qualquer um que os atacasse tinha que virar um alvo meu. Nesta legislatura, Bolsonaro não é mais presidente, então nosso alvo tem que ser Lula, seus feitos e desfeitos", disse ela na entrevista.
De acordo com Zambelli, Lula já cometeu crime de responsabilidade ao não fazer licitação para compra de móveis para o Palácio da Alvorada. Contudo, ela afirma que é preciso que haja um crime de aderência política. "Acredito que logo ele vai cometer. O Congresso vai perceber que ele não está fazendo o que prometeu. A economia vai começar a dar errado, e ele vai ficar impopular", disse Zambelli.
Apesar das críticas a Lula, a deputada também faz reparos à atuação de Bolsonaro após sua derrota nas urnas. "Bolsonaro, mesmo perdendo, tinha um papel fundamental na oposição. Discordo da maneira como ele levou aquele tempo todo (para falar após a derrota) e o silêncio que teve. Ele tinha que organizar a oposição, orientar a gente. Ele tinha 28 anos de Câmara. Tínhamos que mostrar nosso descontentamento até para incentivá-lo a ser a voz da oposição", critica.
23 de fevereiro
Segundo ela, na live que promoveu no dia 30 de dezembro, Bolsonaro "tinha que ter deixado claro o que pensava". "Ele seria um remédio se tivesse dito que era para as pessoas saírem dos quartéis", afirma a parlamentar.
Apesar de não considerar que a ida de Bolsonaro para os Estados Unidos tenha sido uma fuga, ela avalia que o ideal é que eles estivesse presidente. "Não acho que seja fugir. Passar um tempo fora para pensar no que vai fazer é legítimo. Mas concordo que ele deveria estar aqui para liderar a oposição. A gente teria mais condições, capacidade e força", afirmou.
Para Zambelli, com o risco de Bolsonaro ficar inelegível, é preciso preparar alternativas. "Ele pode ser candidato, mas a gente tem que preparar uma nova alternativa. A direita tem que ter quatro, cinco alternativas. Tem que ter Bolsonaro, Michelle, os filhos do Bolsonaro, Tarcísio e outros", destacou.
Na entrevista, ela também confirma ter procurado o ministro Alexandre de Moraes, como relatado pelo portal "Metrópoles", e afirmou que a liberação de suas redes sociais pode ter sido um aceno.
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Para Zambelli, o impeachment de Moraes não ajudaria a direita hoje. "Não (acho que deveria haver impeachment de Moraes). Bolsonaro não ganhando, a gente tem que virar a chave. Qualquer impeachment no STF, o substituto vai ser indicado por Lula. Pode entrar uma pessoa que faça as maldades do Alexandre de Moraes parecerem uma criança chupando picolé", disse.
A deputada federal disse ainda que chegou a avaliar o risco de ser presa em razão dos embates mais duros com o STF para defender Bolsonaro. "Medo não é a palavra, mas expectativa, sim. Não como uma boa expectativa. Várias vezes fui dormir pensando que ia ter que acordar às 6h com a Polícia Federal na minha porta", disse, afirmando porém que nunca excedeu os limites de sua liberdade de se manifestar.