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Na prática, o movimento dos jornalistas quer o fim do tratamento exercido pela diretora para impor uma narrativa que procura insinuar relações do Ministério da Justica com o crime organizado. Em diversas reportagens, o jornal confere importância ao relacionamento do Ministério da Justiça com aquela que a publicação resolveu denominar, de maneira publicitária e sensacionalista de "dama do tráfico".
Na verdade, o Estadão inventou um escândalo para influenciar a indicação do preferido do presidente Lula ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal na vaga aberta pela aposentadoria da ministra Rosa Weber.
O exagero em torno das visitas daquela que o jornal denominou, publicitariamente, como sendo a "dama do tráfico" ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública visou fulminar a candidatura de Flavio Dino, titular daquela pasta, ao STF.
O principal beneficiário seria o maior concorrente de Dino para o posto, o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União.
Querem desconstruir Dino por ele ser o mais notório, erudito e destemido debatedor do país. Em qualquer embate, ele é o mais eficaz para demolir as artimanhas de seus adversários da direita. No Supremo ele seria (será?) instrumental para bloquear golpes e retrocessos de todo tipo. Entre esses expedientes estariam inclusive os privilégios e exceções perseguidos pelos "amigos da casa" do Estadão.
Não é a primeira vez que a editora de Política, casada com um membro da direção do Cidadania, publica notícias falsas ou tenta intrigar uma gestão lulista.
Mas isso não é o que está em questão em última análise neste imbróglio. Não é o caso de dar tanta atenção aos empregados. O que importa é o jogo de quem está mais acima.
Como se sabe, a comunicação no Brasil tornou-se cada vez mais um campo dominado pelo capital financeiro.
O Estadão não foge à tendência. Membros da família Mesquita, os antigos proprietários, ainda assinam o expediente do jornal. Eles já não são, porém, os reais donos, ao contrário do que ocorria com seus antecessores ao longo do século passado.
Os verdadeiros controladores do Estadão são o consórcio do capital financeiro credor do falido grupo de comunicação. São eles que parecem ter interesse em promover a candidatura de Bruno Dantas ao Supremo Tribunal Federal. Há aí uma ambição posterior, a de fragilizar a posição do presidente Lula naquela corte, preparando o caminho para embates futuros. Neste caso, por trás da invenção do caso da "dama do tráfico" estaria o intento de instituições financeiras de aplainar a estrada para Bruno Dantas ou esburacar o caminho de Flavio Dino. A intenção verdadeira é sabotar Lula. Além de decidir as principais causas, é o Supremo que comanda processos de impeachment do presidente da República.
*Mario Vitor Santos é jornalista. É colunista do 247 e apresentador da TV 247. Foi ombudsman da Folha e do portal iG, secretário de Redação e diretor da Sucursal de Brasilia da Folha.
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Na prática, o movimento dos jornalistas quer o fim do tratamento exercido pela diretora para impor uma narrativa que procura insinuar relações do Ministério da Justica com o crime organizado. Em diversas reportagens, o jornal confere importância ao relacionamento do Ministério da Justiça com aquela que a publicação resolveu denominar, de maneira publicitária e sensacionalista de "dama do tráfico".
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O exagero em torno das visitas daquela que o jornal denominou, publicitariamente, como sendo a "dama do tráfico" ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública visou fulminar a candidatura de Flavio Dino, titular daquela pasta, ao STF.
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Mas isso não é o que está em questão em última análise neste imbróglio. Não é o caso de dar tanta atenção aos empregados. O que importa é o jogo de quem está mais acima.
Como se sabe, a comunicação no Brasil tornou-se cada vez mais um campo dominado pelo capital financeiro.
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*Mario Vitor Santos é jornalista. É colunista do 247 e apresentador da TV 247. Foi ombudsman da Folha e do portal iG, secretário de Redação e diretor da Sucursal de Brasilia da Folha.