As tarifas dos sistemas de transporte coletivo convencional e suplementar de Belo Horizonte terão novos valores a partir desta quinta-feira, 1º de janeiro. O reajuste foi oficializado pela Superintendência de Mobilidade do Município (Sumob) no Diário Oficial do Município (DOM) desta terça-feira (30/12).

De acordo com a portaria assinada pelo superintendente Rafael Murta Resende, a tarifa principal das linhas convencionais terá uma alta de 8,7%, passando de R$ 5,75 para R$ 6,25 — R$ 0,50 mais cara. O novo valor entra em vigor à zero hora do dia 1º.

Outras modalidades também sofrerão reajustes: as linhas circulares e alimentadoras sobem de R$ 5,50 para R$ 6, enquanto as linhas curtas passam de R$ 2,75 para R$ 3. Por outro lado, as vilas e favelas mantêm a gratuidade, assim como permanece em vigor o benefício da "catraca livre" aos domingos e feriados.

O que diz a PBH

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que o reajuste anual está previsto na Lei 11.458/2023 e está vinculado à estimativa de custeio do sistema para o próximo exercício.

"O cálculo baseia-se na metodologia da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), considerando custos operacionais como combustível, pessoal, manutenção da frota e tributos. O reajuste é necessário para garantir a continuidade dos investimentos e a ampliação das melhorias no serviço", afirmou a administração municipal.

O Executivo esclareceu ainda que, graças ao "esforço da gestão financeira", foi possível manter o mesmo valor de reajuste aplicado no ano anterior (R$ 0,50). "Para reduzir o impacto, o complemento da tarifa continuará sendo custeado via subsídio pela prefeitura. Sem esse aporte, o valor real da tarifa seria de R$ 10,30", concluiu.