Como previsto pelo site Os Novos Inconfidentes, a Câmara Municipal de Belo Horizonte decidiu pelo arquivamento dos últimos três pedidos de cassação que haviam sido apresentados  em 2019. Também como era esperado, a decisão de arquivar as denúncias contra a presidente da Casa, Nely Aquino (PRTB), contra o vereador Mateus Simões (Novo) e contra o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e seu vice Paulo Lamac (Rede) foi tomada  na calada, sem maiores repercussões,  em meio a outros acontecimentos que movimentaram o fim de ano na capital mineira.

Os pedidos contra os dois parlamentarem foram analisados e arquivados no dia 13 de dezembro, quando houve a última reunião do plenário no ano e em meio à crise entre a PBH e a Guarda Municipal. Já o pedido contra a chapa do executivo foi lido no dia 20, quando houve reunião especial convocada pela presidente às 19h no último dia de funcionamento da Câmara antes do Natal.

Nely Aquino estava sendo acusada de improbidade administrativa por usar carro oficial para buscar seu filho na escola. Já Mateus Simões era acusado de quebra de decoro por empurrar o vereador Gilson Reis (PCdoB) durante a votação do Escola Sem Partido e por levantar suspeita de que seus colegas estariam recebendo propina para beneficiar Wellington Magalhães no processo de cassação.

Kalil e o vice estavam sendo acusados de infringir a lei Orgânica do Município ao não responder a diversos pedidos de informação dos parlamentares, e o prefeito também era acusado de quebra de decoro pelo discurso que proferiu durante a 22ª parada LGBT de BH.

Depois de um ano movimentado, em que aconteceu a primeira cassação da história da CMBH, seguida de perto pela segunda e em que, só no primeiro semestre, foi registrada uma média de uma denúncia contra parlamentar para cada mês, a Câmara vai começar 2020 com a pauta limpa. Nada mais estratégico, já que todos os envolvidos nesses últimos processos devem concorrer a algum cargo político no ano que vem.