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De acordo com o jornal O Globo, o texto segue agora para o plenário da Câmara, ainda sem data definida para votação. O projeto busca compensar as perdas de arrecadação provocadas pela caducidade da Medida Provisória 1.303, que tratava da substituição do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Apoio maciço da base governista
O presidente da CFT, Rogério Correia (PT-MG), destacou o caráter estratégico da proposta, já que o colegiado pode indicar apenas dois projetos por ano para tramitação em regime de urgência. “Estamos solicitando e acho que isso vai sensibilizar o presidente Hugo Motta para por isso em pauta, além dos outros projetos de lei que serão apensados. Tivemos a assinatura de 34 deputados, de todos os partidos. Isso mostra a força deste debate que está sendo feito aqui”, afirmou durante a sessão.
A base do governo compareceu em peso para defender a urgência do texto. O líder do PT, Lindbergh Farias, ressaltou o impacto social e fiscal da medida. “A gente sabe que o impacto disso é gigantesco. Todo mundo tem alguém viciado na família. Tenho um gráfico da taxação no mundo... França tem 33%, Itália, 20% e aqui no Brasil estamos com 12%. Dá para avançar muito mais”, declarou.
Governo busca recompor rombo fiscal
Com a urgência aprovada, o projeto poderá ser votado diretamente pelo plenário, sem necessidade de passar por outras comissões. A proposta prevê aumentar a alíquota de 12% para algo entre 24% e 25% sobre a receita bruta das apostas — percentual próximo à média internacional.
A articulação é liderada por parlamentares do PT e tem o apoio do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad. O ministro confirmou que o governo enviará ao Congresso dois projetos de lei: um voltado à elevação das receitas, com foco na taxação das apostas e das fintechs, e outro dedicado ao controle dos gastos públicos.
Segundo Haddad, a separação das matérias é uma forma de evitar manobras da oposição que possam travar a tramitação. O ministro estimou que o impacto fiscal da caducidade da MP 1.303 supera R$ 20 bilhões. “Estamos buscando recompor as contas sem improvisos”, afirmou, acrescentando que o presidente Lula “faz questão” de que o Congresso dê uma “palavra definitiva” sobre a tributação das apostas, tema que “envolve as famílias brasileiras”.
Estratégia fatiada para reduzir resistência no Congresso
Além da taxação das bets, o pacote econômico deve incluir ajustes em rendas financeiras, grandes patrimônios e instituições financeiras, retomando trechos que haviam sido retirados do texto original da MP. A estratégia do Ministério da Fazenda é fatiar as propostas em projetos autônomos, facilitando o avanço de cada medida e reduzindo resistências políticas.
Caberá agora ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), definir o momento da votação. Entre os governistas, a expectativa é de que o texto seja levado ao plenário ainda nesta quarta-feira. A votação ocorre em meio à tentativa do governo de recuperar apoio após a derrota da MP 1.303, rejeitada por 251 votos a 193.
O relator da medida, Carlos Zarattini (PT-SP), havia retirado justamente o aumento da taxação das apostas na tentativa de viabilizar o texto — uma decisão que acabou reduzindo a projeção de arrecadação e gerou críticas até entre aliados do governo.
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De acordo com o jornal O Globo, o texto segue agora para o plenário da Câmara, ainda sem data definida para votação. O projeto busca compensar as perdas de arrecadação provocadas pela caducidade da Medida Provisória 1.303, que tratava da substituição do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Apoio maciço da base governista
O presidente da CFT, Rogério Correia (PT-MG), destacou o caráter estratégico da proposta, já que o colegiado pode indicar apenas dois projetos por ano para tramitação em regime de urgência. “Estamos solicitando e acho que isso vai sensibilizar o presidente Hugo Motta para por isso em pauta, além dos outros projetos de lei que serão apensados. Tivemos a assinatura de 34 deputados, de todos os partidos. Isso mostra a força deste debate que está sendo feito aqui”, afirmou durante a sessão.
A base do governo compareceu em peso para defender a urgência do texto. O líder do PT, Lindbergh Farias, ressaltou o impacto social e fiscal da medida. “A gente sabe que o impacto disso é gigantesco. Todo mundo tem alguém viciado na família. Tenho um gráfico da taxação no mundo... França tem 33%, Itália, 20% e aqui no Brasil estamos com 12%. Dá para avançar muito mais”, declarou.
Governo busca recompor rombo fiscal
Com a urgência aprovada, o projeto poderá ser votado diretamente pelo plenário, sem necessidade de passar por outras comissões. A proposta prevê aumentar a alíquota de 12% para algo entre 24% e 25% sobre a receita bruta das apostas — percentual próximo à média internacional.
A articulação é liderada por parlamentares do PT e tem o apoio do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad. O ministro confirmou que o governo enviará ao Congresso dois projetos de lei: um voltado à elevação das receitas, com foco na taxação das apostas e das fintechs, e outro dedicado ao controle dos gastos públicos.
Segundo Haddad, a separação das matérias é uma forma de evitar manobras da oposição que possam travar a tramitação. O ministro estimou que o impacto fiscal da caducidade da MP 1.303 supera R$ 20 bilhões. “Estamos buscando recompor as contas sem improvisos”, afirmou, acrescentando que o presidente Lula “faz questão” de que o Congresso dê uma “palavra definitiva” sobre a tributação das apostas, tema que “envolve as famílias brasileiras”.
Estratégia fatiada para reduzir resistência no Congresso
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O relator da medida, Carlos Zarattini (PT-SP), havia retirado justamente o aumento da taxação das apostas na tentativa de viabilizar o texto — uma decisão que acabou reduzindo a projeção de arrecadação e gerou críticas até entre aliados do governo.