O presidente Jair Bolsonaro repetiu o gesto de "banana" para jornalistas, fazendo o sinal com os braços para os profissionais de imprensa que trabalhavam em frente ao Palácio Alvorada, neste sábado (15/2). 


Desta vez, a "banana" foi motivada por perguntas sobre o desmonte da tradicional Biblioteca da Presidência da República, no Anexo I do Palácio do Planalto, para abrigar a equipe do programa Pátria Voluntária, coordenado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro. 


"Vocês só se preocupam com besteira. Nenhum livro vai embora, vai ficar tudo lá. A primeira-dama faz um trabalho de graça para o Brasil. Então, em vez de vocês elogiarem, vocês criticam. Tenha paciência", disse. "Quem age assim merece uma banana", completou.


A biblioteca tem um acervo de 42 mil itens e 3 mil discursos de presidentes. Com a chegada da equipe de Michelle, serão ocupados os espaços de estudo, convivência e leitura. Com um acervo de 42 mil itens e 3 mil discursos de presidentes, o local tem a função de preservar a memória dos presidentes do Brasil. 


Esta é a segunda vez que Bolsonaro dá uma "banana" para a imprensa este mês. No último dia 8, ele fez o gesto ao avisar que não daria entrevista devido à repercussão negativa a um declaração sua sobre pessoas com HIV representarem uma despesa.


A fala ocorreu na quarta-feira 5, quando o presidente saiu em defesa do programa de prevenção à gravidez na adolescência, lançado pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. 


Depois da repercussão negativa, Bolsonaro buscou esclarecer melhor sua declaração: "Eu falei de uma menina que deu à luz pela terceira vez aos 16 anos de idade sendo aidética. Foi isso que eu falei. O que faltou? Faltou uma mãe, uma avó, para não começar a fazer sexo tão cedo. Qualquer pessoa com HIV, além do problema de saúde dela gravíssimo, que nós temos pena, é custoso para todo mundo. Vocês focaram no que o aidético é oneroso para todo o Brasil. Estou levando porrada de tudo quanto é grupo de pessoas que têm esse problema lamentavelmente".