Jair Bolsonaro endureceu o tom no sábado (3) contra o ministro Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a apenas quatro dias do 7 de Setembro. Durante ato de campanha em Novo Hamburgo (RS), ele se referiu ao ministro como ‘vagabundo’ ao criticar a decisão contra empresários que defendiam o golpe em conversas no WhatsApp, segundo reportagem de Guilherme Amado, do Metrópoles.


Na terça-feira (23), a Polícia Federal cumpriu operação autorizada por Moraes em endereços ligados a alguns desses empresários, o que irritou o Palácio do Planalto. A decisão também determina o bloqueio de contas nas redes sociais e a quebra de sigilo telemático. O STF não pode “ficar na defensiva” contra movimentos golpistas, alegou o ministro.

"Vimos há pouco empresários tendo sua vida devassada, recebendo visita da Polícia Federal porque estavam privadamente discutindo um assunto que não interessa qual seja", disse Bolsonaro neste sábado, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo.

"Eu posso pegar meia dúzia aqui, bater um papo e falar o que bem entender. Não é porque tem um vagabundo ouvindo atrás da árvore a nossa conversa que vai querer roubar nossa liberdade. Agora, mais vagabundo do que esse que está ouvindo a conversa é quem dá a canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo”, completou.
 
No mesmo evento, Bolsonaro fez a seguinte pergunta às mulheres, ao defender que o armamento da população visa a segurança: “Prefere sacar da bolsa a Lei Maria da Penha ou uma pistola?”. Neste mesmo sábado, o ex-presidente Lula defendeu "recriar o Ministério das Mulheres".