O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se desculpou por relacionar vacinas de tecnologia mRNA com o acúmulo de óxido grafeno nos testículos e ovários - informação essa que é falsa. Em suas redes sociais, o ex-presidente disse que cometeu um "equívoco".
 
"Em relação a uma conversa no dia de ontem (17/6), na cidade de Jundiaí (SP), sobre a existência de óxido de grafeno na vacina de tecnologia mRNA, houve um equivoco da minha parte. Como é de conhecimento público, sou entusiasta do potencial de emprego do óxido de grafeno, por isso inadvertidamente relacionei a substância com a vacina, fato desmentido em agosto de 2021. Mais uma vez lamento o falado e peço desculpas", publicou neste domingo (18/6).
 
Informação falsa

Durante um evento do Partido Liberal (PL), nesse sábado (17/6), Jair Bolsonaro disse que as vacinas contra COVID-19 possuem "grafeno" que se acumula nos "testículos e ovários".

A fala de Bolsonaro configura mais uma informação falsa, que não possui respaldo científico em relação à composição dos imunizantes. 

Os ataques à vacinação foram recorrentes durante o mandato do ex-presidente, que chegou a ser investigado em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2021, por propagar uma fake news que relacionava a vacinação ao desenvolvimento de Aids, em um vídeo que foi posteriormente retirado das redes sociais.

Ele é investigado pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de ter fraudado dados do seu cartão de vacinação e de sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos.  

Durante a pandemia da COVID-19, Bolsonaro se posicionou diversas vezes contra a vacinação e até mesmo questionou a eficácia da vacina. Além disso, o ex-presidente decretou 100 anos de sigilo no seu cartão de vacina.