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Segundo as anotações, Bolsonaro “sempre quis” permanecer no governo mesmo após a derrota eleitoral. Peregrino registrou que os militares tentaram ajudá-lo a cumprir esse objetivo, contrariando a versão defendida pelo ex-presidente de que teria resistido a pressões para um golpe. O material reforça as acusações contra Bolsonaro, que serão levadas a julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
A estratégia de defesa contestada
Peregrino criticou a linha adotada pela defesa de Bolsonaro, que buscava atribuir aos militares a responsabilidade pelas articulações golpistas. “Oportunismo e o que mostra que tudo será feito para livrar a cabeça do B [Bolsonaro]”, escreveu o coronel, acrescentando que a postura colocava “o projeto político dele acima das amizades e da lealdade” de figuras como o general Augusto Heleno.
O assessor afirmou que, segundo o relato de indiciados, advogados e militares envolvidos, as medidas propostas — como Estado de Defesa, Estado de Sítio, Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e o uso do artigo 142 da Constituição — eram justificadas por supostas suspeitas de parcialidade no processo eleitoral e desconfiança nas urnas eletrônicas. “Tudo isso para achar uma solução e ajudar o Pres B [presidente Bolsonaro] a se manter no governo (pois SEMPRE foi a INTENÇÃO dele)”, anotou Peregrino.
Insatisfação e mea culpa
O coronel deixou claro o incômodo com a tentativa de Bolsonaro de se distanciar das ações e culpar os militares. “Deixar colocarem a culpa nos militares que circundavam o poder no Planalto é uma falta total de gratidão do B [Bolsonaro] àqueles poucos, civis e militares, que não traíram ou abandonaram o Pres. B [Bolsonaro] após os resultados do 2º turno das eleições”, escreveu.
Peregrino também fez uma autocrítica, afirmando que os militares “erraram todos” por não terem desmobilizado os acampamentos em frente aos quartéis e por não convencerem Bolsonaro a desistir das tentativas de permanecer no poder.
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Segundo as anotações, Bolsonaro “sempre quis” permanecer no governo mesmo após a derrota eleitoral. Peregrino registrou que os militares tentaram ajudá-lo a cumprir esse objetivo, contrariando a versão defendida pelo ex-presidente de que teria resistido a pressões para um golpe. O material reforça as acusações contra Bolsonaro, que serão levadas a julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
A estratégia de defesa contestada
Peregrino criticou a linha adotada pela defesa de Bolsonaro, que buscava atribuir aos militares a responsabilidade pelas articulações golpistas. “Oportunismo e o que mostra que tudo será feito para livrar a cabeça do B [Bolsonaro]”, escreveu o coronel, acrescentando que a postura colocava “o projeto político dele acima das amizades e da lealdade” de figuras como o general Augusto Heleno.
O assessor afirmou que, segundo o relato de indiciados, advogados e militares envolvidos, as medidas propostas — como Estado de Defesa, Estado de Sítio, Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e o uso do artigo 142 da Constituição — eram justificadas por supostas suspeitas de parcialidade no processo eleitoral e desconfiança nas urnas eletrônicas. “Tudo isso para achar uma solução e ajudar o Pres B [presidente Bolsonaro] a se manter no governo (pois SEMPRE foi a INTENÇÃO dele)”, anotou Peregrino.
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