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O ex-presidente Jair Bolsonaro entrou na campanha para tentar eleger o próximo primeiro-ministro de Portugal. Ele gravou um vídeo no qual pede aos brasileiros que vivem e votam no país europeu para que apoiem a candidatura do líder da extrema-direita, André Ventura, do Chega, na disputa marcada para 10 de março.
O partido radical tem hoje a terceira bancada da Assembleia da República e vem subindo posições nas pesquisas de intenção de votos. A principal plataforma de Ventura é a discriminação de imigrantes. O seu discurso xenófobo, por sinal, está na base dos ataques sofridos pelos brasileiros em território luso.
No vídeo gravado em Fortaleza, onde passou a virada do ano, Bolsonaro afirmou que “é importante que André Ventura consiga o cargo de primeiro-ministro”. Para ele, o ultradireitista português representa o “conservadorismo, as pessoas de bem, que estão cada vez mais presentes e são maioria”.
Pelas redes sociais, o presidente do Chega, que tentou promover, sem sucesso, um encontro de representantes da extrema-direita em Portugal, agradeceu ao ex-presidente e destacou que os brasileiros “sabem bem como a esquerda tornou o país um antro de miséria e corrupção”.
Ventura tem investido pesado na comunidade brasileira em Portugal, a maior entre os estrangeiros que vivem no país — são mais de 400 mil cidadãos oriundos do Brasil legalizados.
Ele tem conquistado apoio, sobretudo, entre os evangélicos, que mais que dobraram em terras lusitanas entre 2011 e 2021, segundo o Censo português, passando de 0,9% para 2,1% da população local. Estima-se que, de cada 10 brasileiros que moram em Portugal, quatro sejam evangélicos.
O grosso dos brasileiros que apoiam o representante do Chega está no Norte de Portugal, em especial, em Braga. Nem mesmo o discurso xenófobo contra a imigração reduz o apoio dos brasileiros ao extremista de direita.
A visão é de que Ventura é contra os demais estrangeiros, especialmente os oriundos da Ásia, mas não contra os imigrantes vindos do Brasil. Inclusive, ele usa alguns brasileiros engajados na política como dirigentes regionais do Chega para tentar reforçar esse discurso oportunista.
O partido da extrema-direita também tem forte apoio entre os portugueses que moram no Brasil. A legenda foi muito bem votada nas últimas eleições em todos os consulados instalados no país.
O Chega venceu com ampla margem no consulado do Rio de Janeiro, que, agora, está sob intervenção, por causa de uma quadrilha que se instalou por lá para facilitar a concessão de vistos para integrantes do PCC e do Comando Vermelho. Na última eleição, o Chega passou de um para 12 deputados na Assembleia da República.
As eleições em Portugal foram antecipadas pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, depois do pedido de renúncia de António Costa do cargo de primeiro-ministro. O líder do Partido Socialista (PS), que estava no poder havia oito anos, apareceu em uma investigação sobre corrupção no governo.
Nada, porém, foi provado até agora e o próprio juiz responsável pelo caso desqualificou uma série de denúncias feitas pelo Ministério Público.
A Assembleia da República foi dissolvida. Nas pesquisas mais recentes, o PS e o PSD, de centro-direita, tem se alternado na preferência do eleitorado, com intenções de votos que variam entre 24% e 28%. Se as eleições fossem hoje, o Chega teria entre 13% e 17% dos votos, de acordo com os mesmos levantamentos. Cerca de 17% dos portugueses se mostram indecisos.
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O partido radical tem hoje a terceira bancada da Assembleia da República e vem subindo posições nas pesquisas de intenção de votos. A principal plataforma de Ventura é a discriminação de imigrantes. O seu discurso xenófobo, por sinal, está na base dos ataques sofridos pelos brasileiros em território luso.
No vídeo gravado em Fortaleza, onde passou a virada do ano, Bolsonaro afirmou que “é importante que André Ventura consiga o cargo de primeiro-ministro”. Para ele, o ultradireitista português representa o “conservadorismo, as pessoas de bem, que estão cada vez mais presentes e são maioria”.
Pelas redes sociais, o presidente do Chega, que tentou promover, sem sucesso, um encontro de representantes da extrema-direita em Portugal, agradeceu ao ex-presidente e destacou que os brasileiros “sabem bem como a esquerda tornou o país um antro de miséria e corrupção”.
Ventura tem investido pesado na comunidade brasileira em Portugal, a maior entre os estrangeiros que vivem no país — são mais de 400 mil cidadãos oriundos do Brasil legalizados.
Ele tem conquistado apoio, sobretudo, entre os evangélicos, que mais que dobraram em terras lusitanas entre 2011 e 2021, segundo o Censo português, passando de 0,9% para 2,1% da população local. Estima-se que, de cada 10 brasileiros que moram em Portugal, quatro sejam evangélicos.
O grosso dos brasileiros que apoiam o representante do Chega está no Norte de Portugal, em especial, em Braga. Nem mesmo o discurso xenófobo contra a imigração reduz o apoio dos brasileiros ao extremista de direita.
A visão é de que Ventura é contra os demais estrangeiros, especialmente os oriundos da Ásia, mas não contra os imigrantes vindos do Brasil. Inclusive, ele usa alguns brasileiros engajados na política como dirigentes regionais do Chega para tentar reforçar esse discurso oportunista.
O partido da extrema-direita também tem forte apoio entre os portugueses que moram no Brasil. A legenda foi muito bem votada nas últimas eleições em todos os consulados instalados no país.
O Chega venceu com ampla margem no consulado do Rio de Janeiro, que, agora, está sob intervenção, por causa de uma quadrilha que se instalou por lá para facilitar a concessão de vistos para integrantes do PCC e do Comando Vermelho. Na última eleição, o Chega passou de um para 12 deputados na Assembleia da República.
As eleições em Portugal foram antecipadas pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, depois do pedido de renúncia de António Costa do cargo de primeiro-ministro. O líder do Partido Socialista (PS), que estava no poder havia oito anos, apareceu em uma investigação sobre corrupção no governo.
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