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Desde que a OMS declarou a pandemia, em 11 de março, o chefe do Executivo nacional desrespeitou publicamente as orientações, em média, mais de uma vez por semana. Foram ao menos oito oportunidades em que Bolsonaro foi flagrado ignorando recomendações de órgãos, como, por exemplo, o próprio Ministério da Saúde, pasta chefiada por Luiz Henrique Mandetta.
Em 15 de março, Bolsonaro deixou o Palácio do Planalto e participou de uma manifestação pró-governo e contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em um momento do ato, o presidente foi em direção aos apoiadores e os cumprimentou, contrariando recomendações do Ministério da Saúde.
À época, Bolsonaro estava sob monitoramento por suspeita de contaminação pelo coronavírus e, por isso, deveria evitar contato social. Apenas quatro dias antes, o presidente havia voltado dos Estados Unidos. Na viagem, 22 pessoas do grupo que o acompanhava contraíram a COVID-19.
“Eu não vou viver preso dentro lá do Palácio da Alvorada esperando mais cinco dias, com problemas grandes para serem resolvidos no Brasil. Essa é minha posição. Agora, se eu resolvi apertar a mão do povo – desculpe aqui, eu não convoquei o povo para ir às ruas –, isso é um direito meu. Afinal de contas, eu vim do povo. Eu venho do povo brasileiro”, justificou-se, um dia depois. Ele, porém, havia defendido a promoção dos protestos num ato público em Roraima.
Entrevistas no Palácio da Alvorada
Com frequência, Jair Bolsonaro tem concedido entrevistas coletivas na saída do Palácio da Alvorada. Porém, além de profissionais da imprensa, o local costuma receber aglomerações de apoiadores. Na maioria das vezes, o presidente conversa com as pessoas, mas mantém distância.
Ao menos em duas delas, contudo, Bolsonaro foi em direção aos apoiadores. Em 25 de março, o presidente, após a entrevista, se aproximou das pessoas para tirar fotos. Em 2 de abril, cumprimentou um deles com um “soquinho”. Os vídeos que comprovam esses momentos foram publicados pelo próprio chefe do Executivo nas redes sociais.
‘Indireta’ a Mandetta?
Em 28 de março, Luiz Henrique Mandetta foi categórico: as pessoas devem ficar em casa para reduzir a velocidade de propagação do vírus. “Se a gente sair andando todo mundo de uma vez, vai faltar para o rico, para o pobre, para o dono da empresa, para o dono do botequim, para o dono de todo mundo", disse. No dia seguinte, Bolsonaro foi às ruas de Brasília e causou aglomerações.
O presidente passou por uma farmácia e uma padaria antes de ir ao Hospital das Forças Armadas e ao Centro de Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal (veja no vídeo abaixo). "Passei por lá também para ver como estava o fluxo de pessoas porventura chegando", disse, ao ser questionado sobre o motivo do passeio. A atitude soou como uma “indireta” a Mandetta, de quem Bolsonaro discorda sobre a melhor forma para combater a pandemia no Brasil.
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Presidente contraria orientações de autoridades de saúde, vai na contramão de líderes mundiais e tem causado aglomerações frequentes
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Desde que a OMS declarou a pandemia, em 11 de março, o chefe do Executivo nacional desrespeitou publicamente as orientações, em média, mais de uma vez por semana. Foram ao menos oito oportunidades em que Bolsonaro foi flagrado ignorando recomendações de órgãos, como, por exemplo, o próprio Ministério da Saúde, pasta chefiada por Luiz Henrique Mandetta.
Em 15 de março, Bolsonaro deixou o Palácio do Planalto e participou de uma manifestação pró-governo e contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em um momento do ato, o presidente foi em direção aos apoiadores e os cumprimentou, contrariando recomendações do Ministério da Saúde.
À época, Bolsonaro estava sob monitoramento por suspeita de contaminação pelo coronavírus e, por isso, deveria evitar contato social. Apenas quatro dias antes, o presidente havia voltado dos Estados Unidos. Na viagem, 22 pessoas do grupo que o acompanhava contraíram a COVID-19.
“Eu não vou viver preso dentro lá do Palácio da Alvorada esperando mais cinco dias, com problemas grandes para serem resolvidos no Brasil. Essa é minha posição. Agora, se eu resolvi apertar a mão do povo – desculpe aqui, eu não convoquei o povo para ir às ruas –, isso é um direito meu. Afinal de contas, eu vim do povo. Eu venho do povo brasileiro”, justificou-se, um dia depois. Ele, porém, havia defendido a promoção dos protestos num ato público em Roraima.
Entrevistas no Palácio da Alvorada
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