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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) colecionou mais uma polêmica em sua viagem à Itália e o fato está repercutindo nesta quarta-feira (03/11) entre as lideranças locais.
Além de não participar de reuniões oficiais da Cop-16, que ocorreram em Glasgow, na Escócia, provocar constrangimentos para integrantes da Igreja Católica e também para autoridades europeias, Bolsonaro agora está sendo alvo de críticas de boa parte das lideranças políticas italianas, da extrema direita à partidos de centro-esquerda.
Imprensa internacional repercute agressão a jornalistas brasileiros em ato com Bolsonaro em Roma=
O pivô da polêmica, segundo a colunista de O Globo, Sandra Cohen, é Matteo Salvini, um dos líderes da Liga, partido de ultra-direita italiano, que aceitou se encontrar com seu aliado brasileiro para homenagear, no domingo (31/10), os pracinhas brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial.
“É hora de Matteo decidir de que lado ele quer ficar”, afirmou o ministro de Desenvolvimento Econômico da Itália, Giancarlo Giorgetti, o número dois do partido, que integra o governo de unidade do premiê Mario Draghi. Ele pertence a ala moderada da Liga e, portanto, rivaliza com o Matteo Salvini.
A deputada Pina Picierno, do PD, que também faz parte da coalizão do governo, pediu que a Liga esclareça por que se coloca ao lado dos direitistas mais atrasados e extremistas: “Salvini se apressa em acompanhar Bolsonaro como se fosse uma medalha de valor manter relações próximas com o autocrata brasileiro. Parece ansioso para enriquecer sua galeria de horrores”, destacou.
Único
Único político italiano a ciceronear o presidente brasileiro, o populista Salvini está em baixa nas pesquisas e aparece em oitavo lugar no ranking dos políticos mais apreciados do país.
Como ex-vice-primeiro-ministro e ex-ministro do Interior, ele se destacou no cenário político pela retórica xenófoba e declarou os portos italianos fechados aos navios envolvidos no resgate de pessoas que fugiam de países africanos.
Sob as ordens do aliado de Bolsonaro, a Itália protagonizou em suas costas em 2019 cenas de desespero de refugiados. Salvini é julgado em Palermo, acusado da detenção ilegal de 147 imigrantes que estavam a bordo de um navio da ONG Open Arms. Se for condenado, pode ser sentenciado a até 15 anos de prisão, em um julgamento previsto para arrastar-se por anos.
Aos 48 anos, ele venera políticos ultradireitistas como a francesa Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, e o premiê húngaro Viktor Orbán, e flerta com o partido de extrema-direita alemão AfD.
A Liga vem perdendo espaço para o partido de extrema-direita e pós-fascista Irmãos de Itália, liderado por Giorgia Meloni. Mas espera-se que Salvini tente tirar proveito do julgamento para reativar o debate sobre imigração e firmar-se novamente como seu principal expoente.
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) colecionou mais uma polêmica em sua viagem à Itália e o fato está repercutindo nesta quarta-feira (03/11) entre as lideranças locais.
Além de não participar de reuniões oficiais da Cop-16, que ocorreram em Glasgow, na Escócia, provocar constrangimentos para integrantes da Igreja Católica e também para autoridades europeias, Bolsonaro agora está sendo alvo de críticas de boa parte das lideranças políticas italianas, da extrema direita à partidos de centro-esquerda.
Imprensa internacional repercute agressão a jornalistas brasileiros em ato com Bolsonaro em Roma=
O pivô da polêmica, segundo a colunista de O Globo, Sandra Cohen, é Matteo Salvini, um dos líderes da Liga, partido de ultra-direita italiano, que aceitou se encontrar com seu aliado brasileiro para homenagear, no domingo (31/10), os pracinhas brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial.
“É hora de Matteo decidir de que lado ele quer ficar”, afirmou o ministro de Desenvolvimento Econômico da Itália, Giancarlo Giorgetti, o número dois do partido, que integra o governo de unidade do premiê Mario Draghi. Ele pertence a ala moderada da Liga e, portanto, rivaliza com o Matteo Salvini.
A deputada Pina Picierno, do PD, que também faz parte da coalizão do governo, pediu que a Liga esclareça por que se coloca ao lado dos direitistas mais atrasados e extremistas: “Salvini se apressa em acompanhar Bolsonaro como se fosse uma medalha de valor manter relações próximas com o autocrata brasileiro. Parece ansioso para enriquecer sua galeria de horrores”, destacou.
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Único político italiano a ciceronear o presidente brasileiro, o populista Salvini está em baixa nas pesquisas e aparece em oitavo lugar no ranking dos políticos mais apreciados do país.
Como ex-vice-primeiro-ministro e ex-ministro do Interior, ele se destacou no cenário político pela retórica xenófoba e declarou os portos italianos fechados aos navios envolvidos no resgate de pessoas que fugiam de países africanos.
Sob as ordens do aliado de Bolsonaro, a Itália protagonizou em suas costas em 2019 cenas de desespero de refugiados. Salvini é julgado em Palermo, acusado da detenção ilegal de 147 imigrantes que estavam a bordo de um navio da ONG Open Arms. Se for condenado, pode ser sentenciado a até 15 anos de prisão, em um julgamento previsto para arrastar-se por anos.
Aos 48 anos, ele venera políticos ultradireitistas como a francesa Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, e o premiê húngaro Viktor Orbán, e flerta com o partido de extrema-direita alemão AfD.
A Liga vem perdendo espaço para o partido de extrema-direita e pós-fascista Irmãos de Itália, liderado por Giorgia Meloni. Mas espera-se que Salvini tente tirar proveito do julgamento para reativar o debate sobre imigração e firmar-se novamente como seu principal expoente.