O presidente Jair Bolsonaro reafirmou que disputará as eleições presidenciais em 2022 e avisou que será muito criterioso na escolha de filiados para a disputa de cargos eletivos pelo Aliança pelo Brasil, legenda para a qual ele migrará quando estiver formalmente criada. Sem citações nominais, classificou integrantes do PSL como “traíras”, deixando claro que ele deseja evitar traidores. O futuro partido ainda aguarda a coleta de assinaturas eletrônicas, que ainda depende de uma regulamentação a ser feita em decisão pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A intenção em adotar uma seleção criteriosa de que nomes o Aliança apoiaria também tem, por objetivo, evitar a aproveitadores que queiram se associar à imagem de Bolsonaro sem compactuar dos mesmos valores. Interlocutores do presidente citam como exemplos os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que vincularam suas candidaturas a ele e, hoje, se posicionam como pré-candidatos à Presidência da República.
A representantes da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Bolsonaro comentou que vai disputar o pleito presidencial novamente pelo país. “Em 2022 tem eleição? Eu vou estar na campanha, de uma forma ou de outra. Não é por mim não, estou fazendo um partido que vai estar de novo sem televisão e vou ter critério concreto para botar gente no meu partido, não vou botar traíra não”, destacou.
O comentário, dito na saída do Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira (11/12), foi em uma área reservada a apoiadores. Segundo Bolsonaro, alguns “traíras” disputaram as eleições se associando à sua imagem por falta de tempo para a adoção de critérios defendidos por ele. “Botou traíra porque foi em cima da hora, cheio de traíra o partido que deixei para trás lá, tá certo”, comentou, em referência ao PSL. Antes de ser interrompido pelos representantes da Associtrus, o presidente demonstrou o interesse de, pelo Aliança, montar uma “bancada grande” em 2022.