Jair Bolsonaro colocará mais um militar na cúpula do seu governo. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o general Walter Souza Braga Netto deverá assumir a Casa Civil, chefe do Estado-Maior do Exército e que em 2018 foi o interventor militar para a área de segurança no Rio de Janeiro durante dez meses, no lugar de Onyx Lorenzoni, que deve ir para o Ministério da Cidadania, hoje chefiada por Osmar Terra. 

Caso a indicação seja confirmada, a movimentação junto aos militares poderá apontar para um afastamento do governo da ala mais do bolsonarismo, representada pelos seguidores do astrólogo Olavo de Carvalho. 

A movimentação de renovação do eixo militar do atual governo teve início coma ascensão do general Isso começou a mudar com a ida ao Planalto do general Luiz Eduardo Ramos, amigo de caserna de Bolsonaro e que se tornou um de seus mais influentes conselheiros. 


O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, também viu sua influência aumentar após aparar arestas com membros do Judiciário, quando tornou-se assessor do presidente do Supremo tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, em 2019. Azevedo também ajudou a viabilizar a reforma da Previdência dos militares, o que aumentou a sua influência junto a uma das principais bases de apoio do atual governo. 

Ao todo, cinco dos 22 ministros são oriundos das Forças Armadas. Além disso, Bolsonaro planeja tornar o almirante Flávio Rocha, atual comandante do 1º Distrito Naval, em um “superassessor” da Casa Civil ou entregar a ele o comando da Secretaria de Assuntos Estratégicos.