O ministro das Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha, afirmou que integrantes do governo federal não pretendem falar tanto mais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que o antecessor de Lula tem contas a acertar com o Judiciário e órgãos de investigação.

Em entrevista à TV Brasil, Padilha afirmou que o governo quer "virar a página", após episódios de polêmicas envolvendo falas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) envolvendo adversários.

"O ex-presidente é de responsabilidade agora da Receita, da Polícia Federal, do Judiciário e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Eles que tem que tratar com nele", afirmou Padilha.

OL ministro voltou a minimizar a volta do ex-presidente ao país dizendo que uma baixa mobilização em seu retorno "escancarou a fragilidade dele enquanto liderança".

Apesar da promessa de evitar falar do ex-presidente, na mesma entrevista, ainda que sem citar o nome de Bolsonaro, Padilha o culpou pelos atos de 8 de janeiro, a que chamou de "atentado terrorista".

"O principal responsável intelectual, moral, espiritual daquele atentado terrorista é o ex-presidente da República, que fugiu do país naquele momento, voltou agora, alardeou o seu retorno e a gente está vendo de fato como ele é um líder de pé de barro. Pousou no Brasil e esfarelou a liderança dele", disparou.

Após voltar ao país, no dia 30 de março, Bolsonaro tem feito apenas reuniões internas e não tem participado de eventos públicos. Mesmo sua chegada foi feita por um portão alternativo, por orientação da Polícia Federal, e o evento que realizou na sede do PL não permitiu a entrada de apoiadores. Apenas aliados selecionados.