A organização internacional, que reúne 3.000 editores de notícias e empreendedores de tecnologia, chamou a atenção para os ataques verbais e online em razão da cobertura relacionada ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). 

Em nota, a entidade criticou a atitude da família Bolsonaro de bloquear jornalistas em redes sociais, boicotar veículos e de tentar reproduzir "o esforço do presidente americano Donald Trump de desacreditar o papel da imprensa na democracia".

A WAN-IFRA chamou a atenção para o que considera uma tentativa do governo e de seus apoiadores de promover hostilidade para com o jornalismo.

"Tais atitudes buscam criar um conflito com os fatos e minar a legitimidade da imprensa profissional em um cenário em que governos populistas e seus apoiadores têm encorajado o descrédito de qualquer narrativa que não vá ao encontro de suas visões de mundo."

Também alertou que, no México, ao menos oito jornalistas foram mortos nos primeiros seis meses de governo do presidente Andrés Manuel López Obrador e que são numerosos os relatos de ataques a profissionais da imprensa na internet.

A associação pede que os governos de Brasil e México "reconheçam a vital importância do jornalismo" e que tomem medidas para promover a segurança dos jornalistas.