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string(3473) "O procurador-geral da República, Augusto Aras, visita nesta quarta-feira (4/8) senadores no Congresso Nacional. O chefe do Ministério Público Federal se reuniu por cerca de uma hora com o senador Marcos Rogério (DEM-RO), governista, e em seguida foi ao gabinete do senador Antônio Anastasia (PSD-MG). Perguntado por repórteres sobre os ataques do presidente Jair Bolsonaro às eleições, Aras permaneceu em silêncio.
Na última terça-feira (3), o procurador visitou os gabinetes dos senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Mecias de Jesus (Republicanos-RR).
As visitas fazem parte da articulação de Aras em relação à sabatina a que será submetido neste mês de agosto, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para que seja reconduzido ou não ao cargo de procurador-geral. Aras foi indicado pelo presidente para um segundo mandato no órgão, mas precisa passar antes por sabatina, votação na CCJ e, em seguida, precisa que a indicação seja aprovada no plenário do Senado.
Em setembro de 2019, quando foi indicado pelo mandatário, Aras não estava na lista de três nomes elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O presidente não é obrigado a escolher uma pessoa da lista tríplice, mas era uma tradição do órgão seguida há anos. Neste ano, Bolsonaro voltou a não seguir a lista.
O silêncio de Aras em relação aos ataques às eleições incomoda a categoria. Subprocuradores afirmam que quanto menos o procurador se pronuncia e toma posições em relação à situação, mais as outras cortes — Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Supremo Tribunal de Justiça (STF) — agem.
Os subprocuradores apontam internamente que o silêncio de Aras está cada vez mais impossível de ser mantido. Isso porque com após a live de Bolsonaro na última semana (em que o presidente disse que apresentaria provas de fraude nas eleições de 2018, mas que no fim mostrou vídeos já desmentidos de teorias que não se sustentam), representações começaram a chegar ao TSE e ao STF, o que irá gerar provocação na procuradoria, seja a eleitoral (PGE) ou na PGR.
Além disso, os subprocuradores ouvidos pelo Correio apontaram que o procurador acabará sendo obrigado a falar sobre as questões na sabatina. Nessas conversas com senadores, o assunto deve ser abordado.
O cargo de procurador-geral eleitoral (PGE), que age junto ao TSE, é ocupado pelo procurador-geral. O PGE pode decidir avaliar os pedidos, mas a figura do vice-procurador eleitoral, hoje Paulo Gonet, tem autonomia, e o procurador-geral pode deixar com ele essas decisões em relação aos pedidos que chegarem por lá.
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Na última terça-feira (3), o procurador visitou os gabinetes dos senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Mecias de Jesus (Republicanos-RR).
As visitas fazem parte da articulação de Aras em relação à sabatina a que será submetido neste mês de agosto, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para que seja reconduzido ou não ao cargo de procurador-geral. Aras foi indicado pelo presidente para um segundo mandato no órgão, mas precisa passar antes por sabatina, votação na CCJ e, em seguida, precisa que a indicação seja aprovada no plenário do Senado.
Em setembro de 2019, quando foi indicado pelo mandatário, Aras não estava na lista de três nomes elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O presidente não é obrigado a escolher uma pessoa da lista tríplice, mas era uma tradição do órgão seguida há anos. Neste ano, Bolsonaro voltou a não seguir a lista.
O silêncio de Aras em relação aos ataques às eleições incomoda a categoria. Subprocuradores afirmam que quanto menos o procurador se pronuncia e toma posições em relação à situação, mais as outras cortes — Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Supremo Tribunal de Justiça (STF) — agem.
Os subprocuradores apontam internamente que o silêncio de Aras está cada vez mais impossível de ser mantido. Isso porque com após a live de Bolsonaro na última semana (em que o presidente disse que apresentaria provas de fraude nas eleições de 2018, mas que no fim mostrou vídeos já desmentidos de teorias que não se sustentam), representações começaram a chegar ao TSE e ao STF, o que irá gerar provocação na procuradoria, seja a eleitoral (PGE) ou na PGR.
Além disso, os subprocuradores ouvidos pelo Correio apontaram que o procurador acabará sendo obrigado a falar sobre as questões na sabatina. Nessas conversas com senadores, o assunto deve ser abordado.
O cargo de procurador-geral eleitoral (PGE), que age junto ao TSE, é ocupado pelo procurador-geral. O PGE pode decidir avaliar os pedidos, mas a figura do vice-procurador eleitoral, hoje Paulo Gonet, tem autonomia, e o procurador-geral pode deixar com ele essas decisões em relação aos pedidos que chegarem por lá.