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“Bolsonaro está preso, não está morto. Ele segue mandando.” A afirmação do deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) ao Estado de Minas estabelece o ponto de partida para entender como será a reorganização do bolsonarismo em Minas Gerais. Mesmo afastado da cena pública e impedido de se comunicar, o líder da extrema-direita continua a orientar o grupo, agora por meio de uma estrutura multipolar que se concentra, sobretudo, em lideranças mineiras.
A decisão do PL nacional de nomear o senador Flávio Bolsonaro como porta-voz da família criou uma espécie de hierarquia no comando nacional. Mas, no plano estadual, Minas Gerais consolidou um núcleo próprio de mediação política, responsável não apenas por traduzir a orientação vinda de Brasília, mas por sustentar a base eleitoral mais robusta do bolsonarismo fora do eixo Rio-São Paulo.
Em 2022, Bolsonaro recebeu quase 6 milhões de votos em Minas, número decisivo para sua ida ao segundo turno. No Triângulo Mineiro, seu desempenho superou a média nacional em várias cidades, e a região se manteve como uma das praças mais fiéis do campo conservador. O EM ouviu as principais lideranças mineiras do bolsonarismo para entender qual é a nova engenharia interna montada para suprir a ausência do ex-presidente.
Porta-voz oficial
A decisão do PL de escolher Flávio Bolsonaro como porta-voz foi confirmada por lideranças mineiras ao EM, e reforçada publicamente por Jair Renan Bolsonaro após visita ao pai na Polícia Federal. Em sua declaração, afirmou: “O tema da anistia está em discussão com o senador Flávio Bolsonaro, porta-voz da família. Tenho certeza de que todos os políticos que se elegeram nas costas de Jair Bolsonaro estão fazendo de tudo por ele.” A fala cristaliza o papel do senador como canal único de comunicação e interlocução institucional.
A atuação de Flávio centraliza negociações sobre a pauta da anistia aos investigados de 8 de janeiro de 2023 e concentra consultas políticas sobre candidaturas, alianças e prioridades da família no próximo ciclo eleitoral.
Deputado estadual mais votado da Assembleia Legislativa de Minas Gerais em 2022, Bruno Engler afirma que o fluxo decisório local passa necessariamente pelo senador Flávio Bolsonaro. Ele descreve a reorganização da seguinte forma: “Não tem porta-voz por estado. Acredito que o pressuposto seria quem conversa diretamente com ele. Michelle, Carlos, Renan… e, dentro dessa reunião do PL, ficou estabelecido que essa construção política, fazendo a política dele, é o Flávio Bolsonaro.”
“Segue mandando”
Engler também reforça a continuidade da autoridade política do ex-presidente: “O líder é o presidente Bolsonaro. Não existe isso. Ele segue mandando. Ele está preso, não está morto.” Em sua avaliação, cabe às lideranças mineiras manter o fluxo com Brasília: “Nossa responsabilidade, de quem está em Minas, é informar o Flávio para chegar ao Bolsonaro.”
Ao mesmo tempo, o deputado reconhece seus próprios limites: “Quem pode falar pelo presidente são aqueles que têm acesso a ele. Eu, infelizmente, tive o pedido negado (pela Justiça)”. Ainda assim, por sua representatividade eleitoral e presença digital, com milhões de seguidores nas redes sociais, Engler ocupa posição destacada dentro da estrutura mineira, especialmente na comunicação com o eleitorado.
Triângulo Mineiro
O Triângulo Mineiro foi uma das regiões mais bolsonaristas do país, com cidades onde Bolsonaro registrou vitórias superiores a 65% em 2022. Nesse contexto, Cristiano Caporezzo (PL) se apresenta como representante dessa base regional e pré-candidato ao Senado diretamente associado ao ex-presidente. “O presidente Jair Bolsonaro deseja a minha candidatura para uma vaga ao Senado em Minas Gerais, bem como seus filhos Eduardo, Carlos e Jair Renan”, disse. Ele afirma ainda que, apesar da prisão, “isso não muda absolutamente nada” na definição estratégica do grupo.
Para reforçar sua posição, relembra uma reunião realizada em julho: “O deputado Domingos Sávio estava comigo na sala do Bolsonaro, no início do mês de julho, quando Bolsonaro falou para nós dois, com todas as letras, que pretendia lançar duas vagas para o Senado em Minas Gerais. Estava conosco, também, o líder do PL na ALMG, Bruno Engler.”
Caporezzo sustenta que tem condições de desempenhar papel central no Triângulo Mineiro e de organizar politicamente a região em alinhamento com o comando de Flávio Bolsonaro.
Reorganização estadual
O vereador por Belo Horizonte, Vile dos Santos, foi assessor direto do ex-presidente e mantém relação pessoal com Jair Bolsonaro. Suas declarações revelam detalhes do funcionamento interno da reorganização bolsonarista em Minas.
Ele afirma que “foi declarado que o porta-voz do presidente será o senador Flávio Bolsonaro” e que o deputado Bruno Engler um dos responsáveis por intermediar as informações: “O deputado Bruno, que é a nossa liderança aqui em Minas Gerais, já está com o senador Flávio Bolsonaro para pegar as próximas recomendações.”
Vile destaca também o papel institucional de Domingos Sávio e a relevância de Nikolas Ferreira na comunicação: “Isso passa tanto pelo presidente estadual da legenda, que é o Domingos Sávio, mas quem está conversando diretamente politicamente com o senador Flávio Bolsonaro é o deputado Bruno. E também você tem a liderança do Nikolas, que tem uma vida própria política.”
Questionado se assumiria maior protagonismo em Belo Horizonte, responde: “Eu dependo muito do que vai ser dito ali pelo Bruno, que vai ser repassado. Eu também tenho muito contato pessoalmente também com o Flávio Bolsonaro.”
Vile descreve ainda o ambiente político como marcado por receio e tensão: “A sina do Alexandre de Moraes é imparável. O Nikolas é um alvo. Eu sou um alvo. Bruno é um alvo.” Para ele, “quem tiver força, quem representar ameaça, quem representar qualquer tipo de crítica, vai ser colocado dentro do inquérito.”
Duas frentes
O deputado federal Cabo Junio Amaral (PL-MG), uma das principais oposições do partido em Contagem, município governado pelo PT, sob a gestão de Marília Campos, avalia que a reorganização do movimento após a prisão do ex-presidente passa por duas frentes distintas: a partidária e a ideológica. “Acho tranquilo a gente fazer uma análise de como isso vai se reorganizar com base no posicionamento do eleitor bolsonarista. É aquele ativista, aquele que se mobiliza, seja nas manifestações, seja nas redes, e o que é posicionado de fato, e não senta direito. E tem também o que soma votos, é claro, mas que é menos participativo, vamos dizer assim.”
Para ele, a consolidação de novas lideranças no campo conservador mineiro dependerá da capacidade de articular essas duas camadas. “Nós temos duas frentes de organização: uma mais ligada ao partido e outra mais ligada à questão ideológica. A minha torcida, o meu desejo, é que o partido e o campo ideológico caminhem no mesmo sentido. Eu estou confiante nisso, mas a gente não tem como cravar que isso vai acontecer.”
O deputado destaca ainda que o amadurecimento do eleitorado de direita deve influenciar diretamente o surgimento de novas referências. “Biologicamente falando, pela confiança que conquistou do presidente Bolsonaro, pelo posicionamento firme que tem desde sempre, muito coerente, eu acredito que o Caporezzo se consolide como essa liderança mais à direita dentro do estado, levando em conta a indicação para a candidatura que vai partir do presidente.”
Junio Amaral diz observar um processo de filtragem interna. “Infelizmente, dentro do próprio partido, tem figuras que têm feito muita coisa errada, tanto na questão de incoerência, como até mesmo nas páginas policiais. Isso é abominável. A gente precisa saber separar o joio do trigo.” Domingos Sávio, por sua vez, aparece como peça essencial no plano administrativo. Como presidente estadual do PL, ele é o responsável por transformar orientações nacionais em diretrizes locais, organizar chapas proporcionais e majoritárias e estruturar alianças.
Nikolas Ferreira, deputado federal mais votado do país em 2022, é citado de forma recorrente como figura central na manutenção da mobilização. Seu alcance eleitoral e digital o coloca como uma das principais referências para o eleitorado bolsonarista de Minas. Na sexta-feira, o parlamentar reforçou em conversa com a imprensa sua posição de articulador e porta-voz das inquietações do núcleo conservador mineiro. Segundo ele, “todas essas definições, tanto nacionais, quanto regionais, vão passar obviamente por Flávio Bolsonaro”.
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A decisão do PL nacional de nomear o senador Flávio Bolsonaro como porta-voz da família criou uma espécie de hierarquia no comando nacional. Mas, no plano estadual, Minas Gerais consolidou um núcleo próprio de mediação política, responsável não apenas por traduzir a orientação vinda de Brasília, mas por sustentar a base eleitoral mais robusta do bolsonarismo fora do eixo Rio-São Paulo.
Em 2022, Bolsonaro recebeu quase 6 milhões de votos em Minas, número decisivo para sua ida ao segundo turno. No Triângulo Mineiro, seu desempenho superou a média nacional em várias cidades, e a região se manteve como uma das praças mais fiéis do campo conservador. O EM ouviu as principais lideranças mineiras do bolsonarismo para entender qual é a nova engenharia interna montada para suprir a ausência do ex-presidente.
Porta-voz oficial
A decisão do PL de escolher Flávio Bolsonaro como porta-voz foi confirmada por lideranças mineiras ao EM, e reforçada publicamente por Jair Renan Bolsonaro após visita ao pai na Polícia Federal. Em sua declaração, afirmou: “O tema da anistia está em discussão com o senador Flávio Bolsonaro, porta-voz da família. Tenho certeza de que todos os políticos que se elegeram nas costas de Jair Bolsonaro estão fazendo de tudo por ele.” A fala cristaliza o papel do senador como canal único de comunicação e interlocução institucional.
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Deputado estadual mais votado da Assembleia Legislativa de Minas Gerais em 2022, Bruno Engler afirma que o fluxo decisório local passa necessariamente pelo senador Flávio Bolsonaro. Ele descreve a reorganização da seguinte forma: “Não tem porta-voz por estado. Acredito que o pressuposto seria quem conversa diretamente com ele. Michelle, Carlos, Renan… e, dentro dessa reunião do PL, ficou estabelecido que essa construção política, fazendo a política dele, é o Flávio Bolsonaro.”
“Segue mandando”
Engler também reforça a continuidade da autoridade política do ex-presidente: “O líder é o presidente Bolsonaro. Não existe isso. Ele segue mandando. Ele está preso, não está morto.” Em sua avaliação, cabe às lideranças mineiras manter o fluxo com Brasília: “Nossa responsabilidade, de quem está em Minas, é informar o Flávio para chegar ao Bolsonaro.”
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Triângulo Mineiro
O Triângulo Mineiro foi uma das regiões mais bolsonaristas do país, com cidades onde Bolsonaro registrou vitórias superiores a 65% em 2022. Nesse contexto, Cristiano Caporezzo (PL) se apresenta como representante dessa base regional e pré-candidato ao Senado diretamente associado ao ex-presidente. “O presidente Jair Bolsonaro deseja a minha candidatura para uma vaga ao Senado em Minas Gerais, bem como seus filhos Eduardo, Carlos e Jair Renan”, disse. Ele afirma ainda que, apesar da prisão, “isso não muda absolutamente nada” na definição estratégica do grupo.
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O vereador por Belo Horizonte, Vile dos Santos, foi assessor direto do ex-presidente e mantém relação pessoal com Jair Bolsonaro. Suas declarações revelam detalhes do funcionamento interno da reorganização bolsonarista em Minas.
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O deputado federal Cabo Junio Amaral (PL-MG), uma das principais oposições do partido em Contagem, município governado pelo PT, sob a gestão de Marília Campos, avalia que a reorganização do movimento após a prisão do ex-presidente passa por duas frentes distintas: a partidária e a ideológica. “Acho tranquilo a gente fazer uma análise de como isso vai se reorganizar com base no posicionamento do eleitor bolsonarista. É aquele ativista, aquele que se mobiliza, seja nas manifestações, seja nas redes, e o que é posicionado de fato, e não senta direito. E tem também o que soma votos, é claro, mas que é menos participativo, vamos dizer assim.”
Para ele, a consolidação de novas lideranças no campo conservador mineiro dependerá da capacidade de articular essas duas camadas. “Nós temos duas frentes de organização: uma mais ligada ao partido e outra mais ligada à questão ideológica. A minha torcida, o meu desejo, é que o partido e o campo ideológico caminhem no mesmo sentido. Eu estou confiante nisso, mas a gente não tem como cravar que isso vai acontecer.”
O deputado destaca ainda que o amadurecimento do eleitorado de direita deve influenciar diretamente o surgimento de novas referências. “Biologicamente falando, pela confiança que conquistou do presidente Bolsonaro, pelo posicionamento firme que tem desde sempre, muito coerente, eu acredito que o Caporezzo se consolide como essa liderança mais à direita dentro do estado, levando em conta a indicação para a candidatura que vai partir do presidente.”
Junio Amaral diz observar um processo de filtragem interna. “Infelizmente, dentro do próprio partido, tem figuras que têm feito muita coisa errada, tanto na questão de incoerência, como até mesmo nas páginas policiais. Isso é abominável. A gente precisa saber separar o joio do trigo.” Domingos Sávio, por sua vez, aparece como peça essencial no plano administrativo. Como presidente estadual do PL, ele é o responsável por transformar orientações nacionais em diretrizes locais, organizar chapas proporcionais e majoritárias e estruturar alianças.
Nikolas Ferreira, deputado federal mais votado do país em 2022, é citado de forma recorrente como figura central na manutenção da mobilização. Seu alcance eleitoral e digital o coloca como uma das principais referências para o eleitorado bolsonarista de Minas. Na sexta-feira, o parlamentar reforçou em conversa com a imprensa sua posição de articulador e porta-voz das inquietações do núcleo conservador mineiro. Segundo ele, “todas essas definições, tanto nacionais, quanto regionais, vão passar obviamente por Flávio Bolsonaro”.