O general Oswaldo Ferreira, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), afirmou que os números sobre a pandemia no Brasil são "ditadores". Ele faz um apelo para que a população corra para se vacinar, enquanto Jair Bolsonaro, ex-capitão, já sabotou a imunização em diversas ocasiões. A estatal é vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e administra 40 hospitais universitários.

"Tomara que a vacina venha rápido. É importante que seja efetiva para isolar o vírus. Se a Ebserh tiver de ajudar, estamos prontos em qualquer sentido: vacinação, armazenamento de material, logística. Podemos reativar leitos a qualquer momento", disse. O relato foi publicado pela coluna de Guilherme Amado. 

"Ninguém pode relaxar nada. Pelo contrário. Nós tivemos problema dentro da própria empresa. Está muito perigoso. Os números são ditadores. A doença é muito perigosa, cada vez mais me convenço do problema. Não pode baixar a guarda, tem que estar com proteção, com higienização, e fazer de tudo para não pegar essa doença", complementou
 
O posicionamento do militar contraste com o de Jair Bolsonaro, que já subestimou a pandemia em várias ocasiões. Em live nessa quinta-feira (24), ele voltou a politizar a vacinação contra o coronavírus. "A eficácia daquela vacina de SP parece que tá lá embaixo, né?", disse. 

A CoronaVac está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.


Em sua postura de negar os efeitos da pandemia, Bolsonaro fez críticas  farmacêutica estadunidense Pfizer. "Lá no contrato da Pfizer, está bem claro nós (a Pfizer) não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema de você. Se você virar Super-Homem, se nascer barba em alguma mulher aí ou algum homem começar a falar fino, eles não têm nada a ver isso", afirmou.

De acordo com a plataforma Worldometers, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global de casos de coronavírus (7,4 milhões), atrás de Índia (10,1 milhões) e Estados Unidos (19,2 milhões). O governo brasileiro também contabiliza a segunda maior quantidade de mortes (190 mil), atrás dos EUA (338 mil).