A presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, afirmou, nesta terça-feira, 27, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, que atacou a China, “copiou o chefe genocida com louvor, como um capataz”. “Não sei o que é pior, sua incompetência ou sua maldade”, declarou.

“Diplomata do desastre, num dia só, Guedes ataca China, critica expectativa de vida do brasileiro e diz que o direito à vida sufoca o Estado, não a pandemia. Copia o chefe genocida com louvor, como um capataz. Não sei o que é pior, sua incompetência ou sua maldade”, destacou nas redes sociais.


“Reunião no Planalto hoje lembrou aquela fatídica do passando a boiada e afins”, afirmou. “Sem saber que estavam no ar, Guedes delirava horrores e o general Ramos teve ataque de sincericídio contando que se vacinou escondido. Esse é o governo Bolsonaro. O que não rola a portas fechadas?!”, perguntou.


Na reunião, além da declaração de Guedes contra os chineses, o ministro-chefe da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos, admitiu que tomou vacina contra a Covid-19 escondido.


Como se tivesse feito algo de errado, Ramos argumentou ter tomado a vacina porque quer "viver" e o imunizante é o que a ciência recomenda como melhor proteção contra o coronavírus. "Tomei escondido, né, porque a orientação era para não criar caso, mas vazou. Eu não tenho vergonha, não. Tomei e vou ser sincero. Como qualquer ser humano, eu quero viver, pô. E se a ciência está dizendo que é a vacina, como eu posso me contrapor?".

O ministro ainda disse estar tentando convencer Bolsonaro a se vacinar, afirmando que a vida do ocupante do Planalto corre perigo. "Eu estou envolvido pessoalmente tentando convencer o nosso presidente [a tomar a vacina], independente de todos os posicionamentos. Nós não podemos perder o presidente por um vírus desse. A vida dele, no momento, corre risco – ele tem 65 anos".

Já Guedes afirmou que o "chinês inventou o vírus”, mas a vacina deles é menos efetiva que a dos americanos. Em seguida, ele reconheceu a incompetência do governo federal. "Nós do governo não teremos capacidade de cuidar da saúde do povo", apontou.